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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Morte e Ressurreição

01 novembro 2018 - 23h59
Comemoramos, hoje, o Dia de Finados. Dia de silêncio, meditação, oração e recordação. Sentimos que a ausência daqueles que se foram, faz muita falta à família que é tomada por uma profunda dor e tristeza
Como seria bom se acreditássemos na ressurreição e na vida plena e eterna!
Mas, pelo fato de sermos incrédulos na vida após a morte, existe em nós a repulsa instintiva da morte transformando-a em tabu, isto é, em algo proibido de se falar.
Vivemos com o medo da morte e do mistério que ela encerra. Quem fica deve enfrentar dias de luto, de lágrimas e muitas vezes, até de revolta contra os que, de alguma maneira, consideramos corresponsáveis por ela, incluindo Deus.
Diante de tudo isso, percebemos que há um equívoco em querer fechar os olhos diante da realidade dos limites humanos.
Devemos ter a coragem de questionarmo-nos sobre o sentido da morte.
As gerações passadas ao assistir na própria casa as pessoas queridas que morriam diante de seus olhos, enfrentavam uma dura experiência embora fecunda que era o acompanhamento dos últimos momentos de seu ente querido.
Hoje, as pessoas costumam morrer no hospital e isso torna menos traumatizante o contato com quem fecha os olhos para as coisas da terra, porém, nos torna menos preparados, psicologicamente, para morrer.
Na verdade nascemos para valer, crescemos para florir, vivemos para dar frutos e morremos para ressuscitar.
Passada a morte, chega a festa da vida, da luz, do amor e da glória!
Quando tudo parece terminado e acabado, escuro e sem vida, quando nada parece ajudar a adiar a realidade da morte, vemos descer do céu, no quarto de casa ou no velório os Anjos de Deus, portadores de sinfonia eterna, cantando jubilosos hinos e louvores, acolhendo na comunhão eterna dos eleitos e dos santos, os ressuscitados.
O ser humano, depois de tantos caminhos percorridos, morre. 
Quem é do partido de Deus e acredita na ressurreição de Cristo, experimentará a vida nova e eterna!
Os termos vida-morte-ressurreição não coincidem com os dados biológicos. De fato a vida biológica tem seus limites, porém em Cristo Jesus caem os limites entre a vida, a morte e a ressurreição, já que Cristo é a " ressurreição e a vida", " quem crê em mim, embora esteja morto, viverá" (Jo 11, 25).
Nossa ressurreição seguirá o modelo de Cristo, de vida nova, onde voltaremos a nos encontrar, mas de modo diferente.
As ressurreições que o Evangelho nos relata: a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim e de Lázaro, são impropriamente chamadas de "ressurreições", pois trata-se de curas e de regresso à vida terrena. A verdadeira ressurreição não acontece voltando para a vida terrena, mas entrando na vida celeste. " Nascemos com um corpo corruptível e ressuscitamos com um corpo incorruptível. Passamos do corpo animal e psíquico a um corpo espiritual" (1Cor. 15,42-44). O cristão tem em Cristo o modelo supremo para superar o caráter trágico da morte! A hora da morte de Cristo e a de todos nós, é também a hora do retorno ao Pai, da ressurreição e da glorificação.
A sensação que a morte gera nos membros da família é de desespero, de luto e de pranto, mas as portas da Jerusalém celeste abrem-se, envolvendo numa luz celestial quem deixa a terra para encontrar o Senhor que é a verdade, a alegria e a razão de nossa vida.