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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

O Brasil e as vacinas

10 março 2022 - 05h00

Caro leitor, hoje iremos conversar um pouco sobre a vacinação em nosso país, mas antes disso, trarei uma breve contextualização de nosso sistema de imunização, para que a compreensão fique mais tranquila.
O Brasil possui o Programa Nacional de Imunizações (PNI), um dos maiores programas de saúde nacional criado 1973 e reconhecido internacionalmente, formulado com os objetivos de coordenar, garantir a continuidade e ampliar a abrangência das ações de vacinação. O primeiro calendário de vacinação, estabelecido em 1977, incluía a BCG (contra a formas graves de tuberculose), a poliomielite oral (VOP), a tríplice bacteriana (DTP), que previne a difteria, tétano e coqueluche, e a vacina contra o sarampo.
O PNI é um dos melhores exemplos de garantia de acesso universal e igualitário à saúde, conforme estabelecido pela Constituição de 1988. Graças ao programa foi possível eliminar diversas doenças como a poliomielite, a rubéola, a síndrome da rubéola congênita, o tétano materno e neonatal; controlar os casos sarampo (o qual já foi erradicado por longos anos em nosso país); e reduzir significativamente a incidência de importantes causas de adoecimento e mortalidade, como a difteria, as meningites bacterianas, a coqueluche, entre outras. 
Todos estes feitos foram e são realizados continuamente dentro de nosso vasto território brasileiro, com sua imensa população e com suas limitações físicas e geográficas existentes.
Recentemente, passamos a enfrentar um novo inimigo, uma doença de caráter mundial que assolou e destruiu diversos lares, ceifando destes, pessoas e entes queridos. Frente a isso, foram criadas e implementadas diversas vacinas na tentativa de proteger a população atual e futura da Covid-19; no entanto, muitos ainda questionam e negam tais vacinas. Seria essa a saída ideal, visto que nestes poucos parágrafos já demonstramos que as vacinas são fundamentais?
Ouvimos de nossos pacientes constantemente certos questionamentos e afirmações: "Não vou vacinar meu filho (a) contra a Covid-19, essa vacina não tem eficácia reconhecida", "Não conheço esta vacina e nem sua tecnologia. Não vou me vacinar." "Nossa, você viu quantos efeitos colaterais tem essa vacina?", etc.
A ciência e os dados atualizados diariamente têm nos mostrado que a vacinação contra a Covid-19 é segura e que é uma das mais importantes ferramentas contra tal doença. Dados recentes demonstram uma queda da mortalidade mesmo com um número alto de pacientes que contraíram Covid-19, efeito direto da proteção das vacinas e que, os casos de internações e mortes são na imensa maioria nos não vacinados. Efeitos colaterais existem, mas sabemos que são ínfimos e, os benefícios, são infinitamente superiores. A vacina tem reduzido diariamente a morbimortalidade desta nova doença, o número de internações e tem trazido mais esperança no futuro de todos.
Concluímos então, que não há justificativa para o negacionismo vacinal e que a ciência tem seu pacto fiel com a população e com a saúde como um todo.
Viva a ciência. Viva o SUS.