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Jornal Diário de Suzano - 07/05/2024
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Coluna

Ó Esperança Chegando Aí, Gente!...

09 dezembro 2017 - 05h00
Costumo ser visto como realista. Não sou do tipo otimista. Nem tampouco pessimista. E creio que me vejo como realista, mas de pés no chão. Ainda que corra pela visualização das esperanças no ar, no chão ou a frente. Enfim, quero que a coisa ande.
Estou pensando agora na realidade concreta brasileira. A gente brasileira ainda está pessimista, de cabeça meio baixa. Mas, com o final de ano, uma expectativa sempre se cria. Uma esperança que vai chegando com as Festas de Fim de Ano, ou mesmo como o Novo Ano.
Mas sinais positivos já se vislumbram. Os juros baixaram. A inflação já se exibe em baixa real. Especialmente a queda naquilo que mais importa a nossa multidão de gente pobre, o custo da alimentação. Para ser sincero, dá para perceber que a coisa começou a melhorar ainda que lentamente. Mesmo assim, os sinais já se revelam fortes, consolidando-se. A volta da empregabilidade já se faz sentir e percebemos que logo estaremos empregando efetivamente.
Claro, não é só disso que vivemos. Temos de reconhecer que as Gestões Públicas não se revelaram amplamente positivas. Bem ao contrário. O que vislumbramos é que a coisa ainda vai demorar bastante. Os débitos são imensos. Ainda que os tributos, os impostos, as taxas sejam absurdamente insanos, efetivamente, os maiores de todo o mundo. E mesmo assim, não cobrem o quanto precisamos. Além dos gastos com custos públicas, que atendem muito poucos, e impressionantemente mal, quem pode tem de pagar planos particulares a acrescentar às suas despesas, de saúde, educação, transporte, segurança...
E batemos numa tecla dolorida, a segurança. E temos de fazer uma ressalva: país sem Educação não terá Segurança, não terá Saúde, não terá História consequente, e assim sua Cultura se esvairá mais e mais e mais. Chegaremos a nos perguntar, “quem somos nós?”
Ainda ensinaremos nas escolas a como escolher o “x” para as respostas “ditas certas” nas provas . Mesmo que essas questões e respostas não acrescentem nada para melhorar a vida, nem se aprenda a viver a vida. Aprenderemos matemática sem finalidade, ou decorando listas de elementos químicos, sem finalidade. Se nos perguntarem “quem fez algo significativo em sua Cidade?” Não saberemos responder, nem sabemos qual é mesmo nossa cidade. E assim pagaremos mais e mais impostos, sempre aprovados, será que por quem sabe para que servem? E, se alguém nos perguntar também, “como cobraremos retornos dos impostos?” Será que saberemos o quê responder? Enfim...
Não senhor! Não estou pessimista. Mas não posso fingir não saber que uma alteração do quadro em que vivemos não será para amanhã. Penso, realisticamente, em umas duas gerações, se iniciarmos o processo de declínio da chupadeira pública o mais rápido possível, por agora no ano próximo, com demonstrativos em nossas eleições. E assim sucessivamente.
Recebi uns amigos em casa, gostaram de um breve poema do Pablo Neruda, num quadro, que dizia: “Mudo a primavera porque você continua me olhando”. Vamos mudar a Primavera, gente! Continuemos olhando o que é nosso.