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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

O Lago dos Cisnes

30 novembro 2018 - 22h59
Sábado passado, antecipando a comemoração dos nossos 47 anos de casados, ela e eu, e mais a filha, fomos assistir ao lindo espetáculo de balé clássico “O Lago dos Cisnes”. Foi algo muito especial, a primeira vez que este espetáculo foi realizado em sua plenitude, em quatro partes, no Brasil.
Gosto de assistir a bailado. Minhas irmãs quando eram crianças tinham aulas de dança. E amavam. E eu gostava de vê-las. Morávamos no bairro da Lapa, em São Paulo. Lembro de uma vez em que minha irmã Suara, ainda pequena, com seu grupo, se apresentou no Teatro Municipal de São Paulo. Eu devia ter uns doze ou treze anos de idade. Se não me engano foi a primeira vez que fui àquela maravilhosa casa de espetáculos. Depois fiquei grudado nela. Após ter voltado a São Paulo, aos vinte anos, ia semanalmente assistir espetáculos de dança e música por lá. Amava, em especial, as apresentações do conjunto “Musicantiga”. Nos domingos de manhã havia até apresentaç&ot ilde;es de Jazz. Tudo grátis. 
Mas dessa vez não foi naquele nosso Teatro Municipal. Foi no Teatro Sergio Cardoso, em apresentação da São Paulo Companhia de Dança, que completa dez anos de criação. 
Também gosto desse outro Teatro. Há coisa de um ou dois anos, assisti uma apresentação do balé “Giselle”, com sua trilha musical romântica (Adolphe Adam), de 1840. Esse balé conta o sofrimento da camponesa Giselle, que descobre a traição de seu amor. Destacam-se as “Wilis”, espíritos de virgens que morreram antes de casar. 
Pois, ao saber da apresentação de “O Lago dos Cisnes” buscamos ingressos. Terrível, tudo esgotado. Foram colocadas mais sessão a tarde. E conseguimos uns dos últimos lugares. Ufa! 
“O Lago dos Cisnes” estreou em 1877 no Teatro Bolshoi. Um fracasso! O autor da maravilhosa música, Tchaikovsky (1840-1893), nunca viu seu sucesso depois. Agora nos foi emocionante. A história do amor da princesa transformada em cisne que se apaixona pelo príncipe, que depois também se apaixona por ela. E suas lutas pelo amor prometido.
Há que se citar a coreografia muito especial de Mario Galizzi, fundada nos originais do século XIX; a cenografia de Marco Lima; a iluminação de Wagner Freire; os figurinos de Fabio Namatame e Tania Agra. O Elenco é magistral. Princesas: Luciana Davi, Luiza Lopes, Paula Alves, Thamiris Prata; Principes: André Grippi, Emmanuel Vazquez, Lucas Lima, Geivison Moreira; Magos: Bruno Veloso, Diego de Paula, Joca Antunes; Bufões: Yoshi Suzuki, Hiago Castro; Rainhas: Beatriz Hack, Ilara Lopes. 
Chegamos mais cedo e pudemos assistir a palestra sobre o espetáculo feita pela Diretora da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogéa. Gosto disso. Temos quase sempre antes de espetáculos de Música e de Dança. Se puderem, assistam. Numa dessas perguntaram porque não se pode aplaudir ao final de trechos de apresentações de música e se aplaude ao final de cada trecho de dança. Em música, espere o maestro se voltar para o público, senão atrapalha a concentração. Na dança, os bailarinos adoram os aplausos. 
Homenagem ao Amor. Fábulas. Magias.