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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

Raízes de amargura

15 abril 2018 - 00h59
O ressentimento faz muito mal. É uma força destrutiva que pode sugar todo o nosso potencial de vida, de realização. Certo dia, acordamos e percebemos que estamos esgotados, envelhecidos. Fomos corroídos pelo ressentimento. Mas aí pode ser tarde para mudar alguma coisa. O texto bíblico de Hebreus 12:15 nos alerta sobre o ressentimento: “Tomem cuidado para que nenhuma raiz de amargura, brotando, perturbe vocês e, por ela, muitos se contaminem”. Deus conhece muito bem o homem. Ele sabe que vez ou outra nos sentimos tristes, desanimados, magoados, decepcionados. Quem nunca passou por decepções na vida? Contudo, não devemos permitir que esse quadro emocional crie raízes dentro de nós.
O rei Davi sentiu na alma uma pontada profunda de decepção, quando ouviu aqueles que se diziam seus amigos zombarem dele. “Abrem a boca de par em par contra mim e dizem: ah! ah! Os nossos olhos o viram”. (Salmo 35:21) Uma interjeição de aversão, de desprezo, de ódio. De satisfação pelo mal que o atingira. Pelo seu sofrimento. Como se o vendo naquele estado lamentável, dissessem com um sorriso de maldade: “bem feito!” Não sabemos bem como as coisas chegaram a esse ponto. Mas não é difícil imaginar os percalços que Davi precisou superar como rei e guerreiro. Quantos entraves ele precisou vencer, cercado como devia estar não só de uma legião de bajuladores como de uma não menor legião de intrigantes, que tudo fariam para tirá-lo do trono, fazendo-o cair em desgraça. Assim é o mundo.
Há pessoas que se alegram com o mal alheio. Que riem, quando outros choram. Que pisoteiam com fúria aqueles que vão ficando pelo caminho. Não só falta de solidariedade, ou indiferença, mas interesse em ferir mais aqueles que já estão feridos. A arma empregada não é um punhal, mas a palavra. Poderia ser uma interjeição, um sorriso falso, um movimento de cabeça, um gesto... São tantas as situações que nos podem magoar. O que fazer? Não podemos mudar as pessoas. Mas podemos evitar que o ressentimento se aloje em nós. O rei Davi tinha a quem recorrer: No Salmo 37:7-8, o salmista Davi, outrora tão machucado, mostra-se mais fortalecido e aconselha: “Descanse no Senhor, espere pacientemente pela sua ação. Não fique preocupado com os homens maus que conseguem sucesso em seus planos perversos. Deixe de lado a raiva, abandone essa ira! Não perca a cabeça; isso só traz prejuízo!” Querido leitor, não permita que o ressentimento tome conta de sua vida. Não fique brigando com o mundo. Deixe Jesus curar essa alma ferida, passar o bálsamo nesse coração machucado. Ele é a nossa justiça! Não há situação que não compreenda. Ele nos receberá sempre com amor e graça!