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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

Recordando José de Souza Candido

16 fevereiro 2018 - 05h00
À distância de 6 anos de falecimento, permanece sempre atual a figura do ex-vereador e ex-deputado José Cândido, bem lembrado na segunda-feira dia 12 pela esposa Laura, acompanhada pela neta Renata, pela bisneta Laurinha e pelos filhos Alairton e Márcio, na Missa celebrada na Matriz de São Sebastião.
Com uma trajetória de quase 20 anos de vida política, eleito vereador por três mandatos e deputado estadual por duas vezes, José Cândido ficou marcado na história de Suzano.
A sua história de primeiro afro-descendente a fazer parte do Legislativo suzanense, parece ser bordada nos dedos do Criador que o acompanhou do nascimento até se tornar uma grande liderança política e religiosa, trazendo para todo o povo o anúncio da igualdade racial e social, da justiça e do amor fraterno.
Cada vez mais suzanense, solicitado pelo seu partido a se candidatar a prefeito, ele não quis entrar na disputa, porém, firme e fiel continuou trabalhando em prol da população, na Câmara Municipal de Suzano e na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
O sr. José, como político, manteve sempre uma oposição moderada, levantando a bandeira do Meio Ambiente, dos Direitos Humanos e da Igualdade Racial.
Sempre voltado para a população mais sofrida, se engajou na luta intransigente contra a pobreza e o descaso em que se encontravam os bairros periféricos.
Me deparava com ele nas ruas de Suzano e entre nós rolava por cinco ou dez minutos um belo papo de cunho social e político. Hoje, o perigo, o prestígio ou o assédio do povo, fazem as autoridades desistir de andar pelo centro da cidade. Porém, se tiver alguma autoridade percorrendo durante o dia a Rua Francisco Glicério, verá como é bom escutar o povo, que a meu ver, vive com a esperança retraída, esmorecida e engolida com mau gosto, como está acontecendo neste início de ano com o aumento do custo de vida.
Cândido, uma figura plenamente humana, ungido do Senhor e porta voz dos sem vez e voz. Eu vi este homem andar por muitos anos de ônibus, esperar à noite no ponto, para voltar ao seu querido Bairro.
Nunca se deu bem com os cálculos dos tecnocratas, que muitas vezes traem as necessidades reais dos pobres, porém, sempre manteve o seu olhar sobre as desgraças que afetam os bairros e seus moradores.
José permanecerá em nossas memórias, como um esposo, um pai, um político apaixonado pela vida da família, dos filhos, da Igreja, da cidade e dos suzanenses