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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Relacionamentos restaurados

18 maio 2019 - 23h59
Não é incomum encontrarmos relacionamentos rompidos nas famílias. Pode ser um filho que não fala com o pai, um pai que ignora o filho, um irmão que rompeu os laços com o outro, uma esposa que não dirige mais a palavra ao marido, embora vivam na mesma casa... Se formos ouvir essas pessoas, elas terão uma lista de "motivos" para elencar, a fim de justificar o rompimento do relacionamento. 
A maioria de nós, em uma ou outra ocasião, foi maltratada por alguém da própria família, seja por palavras ou ações. E isso dói muito; principalmente, porque fazemos uma idealização da família. Eles deveriam ser as últimas pessoas a nos magoarem! Então, quando isso acontece, nosso horizonte se torna nebuloso. Ficamos tristes. Lembramos da manipulação, do tratamento injusto, da traição, da rejeição, do mal deliberado, da "palavra dura". 
Isso aconteceu com José do Egito. Rejeitado, vendido como escravo pelos irmãos, José, muitos anos depois, encontra-se numa situação privilegiada em relação aos irmãos. Poderia vingar-se deles, mas decide perdoar àqueles que lhe causaram tanto sofrimento: - "Vocês, na verdade, intentaram o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer aquilo que vocês estão vendo agora - conservar a vida de muita gente, inclusive a de vocês". (Gênesis 50:18-20) 
A motivação dos irmãos de José foi mesquinha - e ele deixou isso claro. Mas Deus fez todo aquele mal se transformar em bênção para todos eles. 
Quando reconhecemos a ação de Deus em todos os nossos caminhos, ofuscamos as emoções humanas e as lembranças negativas do nosso passado. 
Tudo quanto Deus permite em nossas vidas tem um propósito, ainda que não consigamos enxergá-lo no momento do sofrimento. Depois que José se revelou aos irmãos, colocou em dia 25 anos de conversa acumulada. 
Cada vez que os irmãos procuravam mencionar os erros do passado, José os interrompia. "Não vamos mais falar nisso; isso pertence ao passado. Deus tinha um plano, e tudo cooperou para o nosso bem e a glória DEle. Vamos deixar as marcas do passado pra lá!"
A grandeza é revelada em nossas atitudes. A grandeza surge nas atitudes de humildade e perdão em relação aos nossos semelhantes; e isso abrange, principalmente, os nossos familiares. José dá o exemplo. 
Ele sabia perdoar e era misericordioso. Há muita gente por aí que não consegue perdoar, que vive em função do passado, remoendo as dores sofridas. 
Que Deus restaure os relacionamentos em família! Que Ele nos ajude a ter um coração que releva, perdoa, que acolhe o outro. Isso é graça, isso é amor!