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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

Tempo para cada coisa

14 julho 2018 - 23h59
O estresse, infelizmente, é um fato da vida nesta cultura de alta velocidade. Ele pode fazer doer a nossa cabeça, ou outra parte do corpo, pode provocar ânsias de vômito e aumentar a pressão sanguínea. Ele pode martelar em nossos ouvidos e sussurrar à noite. Ou mesmo nos deixar sem forças e desmotivados. O estresse é o preço que pagamos por sermos cavalos de corrida e não bois. Por que temos de viver de maneira tão frenética? O que poderia nos motivar a operar o motor humano a pleno vapor até que ele ameace explodir ou derreter? Essa vida corrida que vivemos é um ataque ao bom senso e ao discernimento. Certamente, não é o que Deus reservou para nós nem para as nossas famílias. 
Nos dias atuais, pais e filhos, maridos e esposas vivem lotados de atividades. Esse excesso de atividades gera um nível alto de estresse e acaba com os relacionamentos familiares, que estão beirando a superficialidade. Não há tempo para ficar junto, ouvir o outro, compartilhar ideias, abraçar e beijar. Os horários não "batem", e a família não se encontra. A correria diária, a luta pela sobrevivência, os problemas próprios da sociedade moderna levam as pessoas a um estado de contínuo estresse. Sentimo-nos cansados, agitados, esgotados, e o corpo e a mente sofrem as consequências disso tudo. Muitas doenças são desencadeadas pelo estresse. Certo nível de tensão é normal. Mas, sinceramente, estamos passando dos limites. Muito se tem falado da síndrome do pensamento acelerado, que é um estado em que a mente fica repleta de pensamentos, estando completamente cheia durante todo o tempo em que a pessoa está acordada, o que dificulta a concentração, aumenta a ansiedade e desgasta a saúde física e mental. 
Você se lembra de um tempo em que o mundo parecia girar mais devagar? De segunda a sexta-feira, trabalhávamos e estudávamos. No sábado, arrumávamos toda a casa. E o domingo era um dia mais calmo, quando as coisas eram feitas mais lentamente para que pudéssemos respirar melhor e nos refazer do cansaço da semana. Podíamos dar descanso para a mente e o corpo. A família podia-se encontrar e conviver. Mas, com o passar do tempo, o domingo começou a perder a sua importância. Agora, nos irritamos e bufamos sete dias na semana, sem conseguirmos dar conta das inúmeras tarefas que temos que cumprir. Não sentamos juntos para fazermos as refeições nem mesmo nos finais de semana. E esse quadro fica agravado pelo uso contínuo do celular. Será esse o estilo de vida que Deus tem para nós?! 
Provavelmente, para mudarmos essa realidade, tenhamos que reduzir o ritmo de nossa agenda, estabelecendo prioridades. Pessoas são mais importantes que coisas. A família precisa conviver. E isso pode significar abrir mão de certos compromissos e atividades. Levar a vida com mais calma. Aprendemos na Palavra de Deus: "Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu". (Eclesiastes 3:1) "Por isso concluí que não há nada melhor para o homem do que desfrutar do seu trabalho, porque esta é a sua recompensa". (Eclesiastes 3:22)