sexta 26 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Coluna

Esperança é...

03 abril 2020 - 23h59
As coincidências tem sido muitas. Como se indicassem algo. E pelo lado positivo vemos coisas boas. Como essa data de hoje, 04 de 04 de 2020. Indicativo de Luz. E como somos esperançosos, pela natureza da nossa cultura, sentimos, sabemos, que tudo vai melhorar mais adiante.
Em 2012, no meu amado livro de poesias “Aprendiz de Encantamento”, ofereço os olhares das minha mensagens de esperanças líricas, que todos nós, eternos aprendizes, sempre nos colocamos para receber. Num dos seus poemas (“Celebremos”) clamo aqueles a quem consigo chegar:
“celebremos a vida sempre/ aquela a ser lembrada/ forjada/ coisa sentida//
celebremos o que se tem a alçar/ vida que ainda é sonho/ a que se faz no caminho/ 
ainda a chegar com o dia/ esperança/ a se cantar no poema”
Mais do que os momentos difíceis que se nos expõem, tenho visto lindos modelos de humanidade. Sejam jovens a se oferecer para trazer bens aos mais idosos, restringidos em seus percursos, sejam empresários, pequenos e grandes, como profissionais, que amam o que fazem, trazendo contribuições, doações. Formas de carinho e respeito. Isso pelo mundo todo, mas me envolve o que também vejo em nosso lindo País. Nos recantos mais humildes, temos exemplos de felicidade em se repassar aos outros. Esse se doar é impressionante. É, sem dúvida, sedutor.
Sei que já não sou mais aquele garotinho em que expunha há décadas, umas tantas experiências pelos caminhos a que me lancei. E mesmo idoso, sei que posso, sei que devo, fazer o meu tanto a mais nesse percurso em que ainda me vejo. Sinto-me também envolvido.
E lá no final daquele meu mesmo livro, nos versos da 101ª construção, busco erguer mais esperanças, quero que tantos possam ver, como eu vislumbro, como percebo, em meu percurso. Tal como liberto em o meu “Olhar do Poema”:
“talvez esta infecunda vontade/ de erguer um mundo melhor/ este despertar mais cedo/ para mais tarde terminar//
talvez o divino dessas mãos que sempre me socorrem/ em cada queda a que me traço/ em lutas tão previamente perdidas/ e sempre inútil reiteradas//
talvez porque de algum modo me recuse/ a saber o que meus olhos sem luz/ apreendem sem que eu perceba/ fique sempre no chão desse espaço//
talvez esta ânsia de conquistar/ um pedaço que nem me servirá de abrigo/ na velhice a se aproximar e me pedir sorrateira/ que vá mais lento que meu costumeiro andar//
talvez/ tudo ou nada/ que sei?//
como deixar esta angústia tola/ que me anima aos atos cada vez mais solitários/ quando vislumbro mover o poema/ em cada olhar abandonado?//
sei apenas/ que haverá sempre mais um verso ainda”
Sempre haverá algo mais a fazer. Cada um terá mais um verso na sua própria construção, seja ela qual for.
Se a cada um de nós é concedido mais tempo para demonstrarmos o amor que podemos repassar, aproveitemos e exibamos mais exemplos belos do que sabemos. É coisa contagiosa e encantadora. A nós como tanto aos demais.
Com a boa esperança construímos a bela certeza.