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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

Outono do Brasil

17 abril 2021 - 05h00
Alguns já me chamaram umas tantas vezes de sonhador. Nem me importei. Tenho os meus sonhos, mesmo, sei disso. Um deles, como falei vários anos atrás, é o de ver a Primavera raiar no Brasil sobre toda a nossa sociedade. E todos nós vermos o florescer colorido e alegre nos corações das pessoas. Raiando sobre a nossa gente que, de fato, entenderia o que estivesse ocorrendo. Que saberia mesmo como se ocupar de suas tarefas, responsavelmente, que teriam a ver com o nosso País e a nossa gente. 
Sei o quanto de Educação, de qualidade imprescindível, seria preciso oferecer a tanta gente, claro. Sei o quanto de Cultura, do passado, do presente e em busca de um futuro melhor, seria necessário. Desde o conhecimento generalizado de nossa formação, o que levaria ao domínio sensível de nossa autoestima, de todo o orgulho de nossas origens, da consciência do que estamos vivendo e o quanto podemos intervir, bem como o tanto que desejamos transformar a nossa Terra para vivermos com satisfação ainda maior e melhor a nossa existência. Como sei também que reduziríamos as posturas de negativismo, de vandalismo.
Cada um sabe de si, cada um deve saber do quanto contribuiu para a realização desses sonhos seus. Até para que não sejam apenas quimeras, coisas irrealizáveis. Podemos nos enganar em nossas escolhas? Sem dúvida alguma. É claro que podemos tropeçar em projeções estratégicas erradas, em táticas equivocadas. Mas quem deixa de sonhar, não vive bem. E quem deixa de lutar, concretamente, por seus sonhos, vive pior ainda. Quem assim se situa não transforma, nem a si, nem ninguém, nem nada. Os sonhos nos iluminam o caminho.
Não acredito em quem não se bate por um mundo melhor. Desejar uma vida melhor para as pessoas só passa a ser mera fantasia, quando se mostra um absurdo real, quando não é parte de uma luta de vontade de realização. Quero dizer que não acredito em sonhos sem busca de resultados, isso é apenas fantasia. Ou se trata apenas de uma busca de satisfação individual, pessoal, sem qualquer visão, sem qualquer anseio para o alargamento da abrangência coletiva. Isso é como almejar ser uma pessoa rica, com muito dinheiro, muitas posses. Quando esquecemos dos demais deixamos de sonhar, o nome disso é apenas ambição.
Gostaria, sim, de ver meus sonhos frutificarem já a partir deste Outono. Sabemos que vivemos um momento diferenciado. Mas jamais podemos perder nossa Esperança. Já tínhamos muito, muito mesmo, a fazer antes do mal vivido agora, que nos sobrecarrega. Vamos vencer, precisamos de tempo e de vontade, de sonho e de planejamento. Se cada um contribuir com seu modo chegamos lá. 
Dentro de pouco mais de um ano chegaremos a completar dois séculos de independência política. Não há que se falar de independência econômica nos tempos de hoje. Mas há que se buscar autonomia político-econômica, sim. Talvez não estejamos tratando bem disso tudo. Precisamos talvez repensar o que queremos e o que sonhamos e o tanto que lutamos por nossos sonhos.