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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

Aos sobrecarregados

18 outubro 2020 - 05h00

Há muitos momentos na vida em que precisamos de amigos leais, disponíveis, sensíveis, que nos ajudem a carregar a "carga" que está sobre nós, seja através de orações, palavras de encorajamento, bons conselhos, ajuda material; tudo isso vem com um envolvimento respeitoso, oportuno e direcionado. São os "anjos da amizade" que Deus coloca na nossa vida, com os quais podemos contar. E são raros! A história de Noemi e Rute (sogra e nora), conforme narrada no livro de Rute, no Antigo Testamento, nos faz refletir sobre algumas situações da vida. Primeiramente, quando tudo parece perdido, precisamos continuar firmes em Deus, crendo que Ele nos ama e tem o melhor para nós, ainda que aquilo que estamos vivendo pareça mostrar o contrário. Também é necessário retornar ao amor-próprio, amar-se, aceitar-se, ter paciência consigo mesmo; afinal de contas, não somos perfeitos; temos nossas fraquezas, erramos, acertamos; não somos super-homens. Muitas vezes precisamos nos perdoar e nos dar uma nova chance. Além disso, precisamos retornar àqueles que estão ao nosso lado, e que deixamos de perceber por estarmos absorvidos pelos problemas. O amor de Noemi não era egoísta. Mesmo com o coração dilacerado pelo sofrimento, em razão da perda do marido e dos filhos, quando teve que tomar decisões difíceis, não pensou em si mesma. Ela desejou o melhor para as suas noras, mesmo sendo ela a maior necessitada. 
Precisamos também renovar a nossa esperança, porque haverá bom futuro. O sofrimento de hoje será superado. O sofrimento, seja qual for, é um recorte da vida; todavia, não é a própria vida. Quando pensamos que estamos sozinhos, sobrecarregados, que não vamos aguentar carregar a "carga", Deus envia ajuda e alívio. Em Mateus 11:28, Jesus fala: "Venham a Mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e Eu lhes darei descanso". Que coisa maravilhosa! Podemos ir a Jesus por meio da oração, depositando toda a carga pesada sobre Ele; consequentemente, obter alívio, descanso, refrigério. Rute toma a decisão de seguir em frente com a sogra, fazendo votos de lealdade a ela. (Rute 1:16-17) Isso nos faz lembrar da lei da semeadura - colhemos o que plantamos. O relacionamento entre Noemi e Rute foi pautado por atitudes de amor, bondade, doação. Quando entregamos o que há de melhor em nós, recebemos o que há de melhor de Deus e até dos homens. No decorrer da história, constatamos que Deus foi transformando o amargo em doce na vida de Noemi. Ela já havia voltado para a sua terra, já estava entre o seu povo, mas continuava cheia de amargura. Ela havia mudado de lugar; todavia, a alma continuava mal. As mudanças exteriores não modificam o nosso interior. 
Há cura para a alma abatida e amargurada. Em Rute 2:18, vemos que o espírito de Noemi ressuscitou diante do êxito de Rute, trazendo suprimento para casa. A volta de Rute para casa enchia de alegria o coração de Noemi. E nós? Como fica o nosso coração com a chegada de nosso marido, de nossos filhos e amigos? E como temos chegado? Alegres? De braços abertos? Somos acolhedores, ou chegamos cobrando todo mundo e instalando o caos? E como temos saído de casa? Rute, sem ter planejado, mas dentro dos planos de Deus, entrou no caminho de seu resgatador, Boaz, com quem se casou; teve um filho, que entrou na descendência do rei Davi e do próprio Jesus. Agora, Noemi tinha novamente uma família. Essa é uma história que tinha tudo para dar errado, mas deu certo! Deus hoje tem resgate e alegria para a sua vida, fazendo com que todo o mal se transforme em bem!