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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

Cuidando de nossos idosos

10 outubro 2021 - 05h00

No dia 1º de outubro comemoramos o Dia Internacional do Idoso. Sabemos que o envelhecimento da população é atualmente um fenômeno mundial, que traz consigo muitos desafios. Segundo dados da OMS, em 2050, o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões, o que representará um quinto da população mundial. No Brasil, 37,7% da população brasileira tem 60 anos ou mais. Em 2030, o Brasil terá a quinta população mais idosa do mundo (45,8%). Os idosos deram a sua contribuição para a sociedade; grande parte deles aqui no Brasil continua mantendo as suas famílias. Mesmo depois de aposentados, alguns continuam trabalhando para aumentar a renda. Viver a Terceira Idade com qualidade de vida depende muito do contexto sócioeconômico no qual o idoso está inserido. Nos países mais ricos, com melhor distribuição de renda, um idoso, após a aposentadoria bem planejada, pode usufruir essa fase viajando, realizando sonhos, aproveitando para descansar, livre de preocupações com a sua subsistência. Todavia, essa não é a realidade de grande parte dos idosos pelo mundo afora, tão pouco aqui no Brasil. Por isso, os governos têm que construir com a sociedade políticas públicas, uma rede de proteção social, que ofereçam a essa população melhores condições e recursos nessa fase da vida.
É comum nos países mais ricos e desenvolvidos os idosos irem para um asilo ou casa de repouso, quando atingem uma condição em que não podem mais cuidar de si. Em geral, nessa fase, filhos e netos estão cuidando de suas vidas; alguns morando longe, trabalhando, até doentes, o que impossibilita o cuidado no seio da família. Aqui no Brasil os idosos ainda são cuidados por suas famílias, seja por uma escolha de cunho afetivo, seja porque nem a família nem o idoso dispõe de recursos para pagar uma casa de repouso ou cuidadores. A Bíblia nos ensina a cuidar dos idosos. Quando nossos pais envelhecem, percebemos o quanto esse ensinamento é importante e pertinente. Em I Timóteo 5:8, o apóstolo Paulo nos adverte sobre isso - "Mas se alguém não tem cuidado dos seus e, principalmente, dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o incrédulo". Quantos idosos estão sendo abandonados e negligenciados quanto aos cuidados por parte de seus filhos e de seus parentes mais próximos?! Não é fácil envelhecer. Conforme os anos vão passando, constatamos essa verdade. E, todos nós, se não morrermos antes, passaremos pela velhice. E por mais que tenhamos cuidados preventivos com a nossa saúde, haverá um momento em que dependeremos dos cuidados dos filhos, parentes ou, até mesmo, de terceiros. Com a vida de correria que temos hoje, muitas famílias têm dificuldades para administrar essa situação de tal forma que os idosos sejam assistidos em suas necessidades. Carinho e atenção são essenciais. 
A igreja primitiva teve preocupação com os idosos, viúvas, órfãos, pobres, doentes, servindo como uma agência de serviços sociais. Nesse sentido, as igrejas cristãs da atualidade têm falhado. Poucas igrejas estão, de fato, preocupadas com essas causas, mantendo ministérios de assistência social efetivos voltados para essas necessidades. Ao honrarmos, acolhermos e cuidarmos de nossos idosos, estamos servindo a Deus também. Alguns idosos conservam a lucidez e a saúde física mesmo com idade bem avançada. Tenho uma tia de 95 anos que tem memória e raciocínio privilegiados. No entanto, precisa de ajuda para muitas coisas, já não ouve bem, tem a mobilidade reduzida. Embora nem todos os idosos precisem ou queiram a ajuda dos filhos, é fundamental que os filhos estejam atentos às necessidades de seus pais, procurando ajudá-los da melhor forma possível. Se por escolha deles, ou outro imperativo, estiverem sob os cuidados de uma casa de repouso, é necessário avaliar as condições dessa casa, acompanhar sempre, visitá-los com frequência, para garantir que eles estejam recebendo os cuidados de forma correta e amorosa. Que possamos cuidar melhor de nossos idosos! Servir a Deus, servindo às pessoas.