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Jornal Diário de Suzano - 27/04/2024
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Coluna

Depois do choro

28 janeiro 2024 - 05h00

A Bíblia diz que o choro pode durar uma noite inteira, mas a alegria vem ao amanhecer. (Salmo 30:5) Nesse mesmo salmo, o rei Davi declara: "Tu mudaste o meu choro em dança alegre, afastaste de mim a tristeza e me cercaste de alegria". (v.11) Sim, nós choramos, quando estamos sofrendo, passando por momentos de dor e perdas. Chorar faz parte da nossa humanidade. Enquanto homem, Jesus aqui na terra também chorou. Ele nos compreende. Em Lucas 7:11-17, encontramos a história da viúva de Naim. Naim era uma cidade pequena, próxima de Cafarnaum. Jesus estava passando por ali, seguido pelos discípulos e por uma grande multidão. Quando Jesus estava chegando perto do portão da cidade, ia saindo um enterro. Tratava-se do enterro do filho único de uma viúva. A mulher chorava e, provavelmente, a multidão que acompanhava o funeral chorava também. Jesus se moveu de compaixão por aquela mulher e disse a ela: "Não chore!".
Aquela mulher estava marcada por perdas e sofrimentos. Perdera o marido e, agora, o seu único filho. Perder o filho foi um golpe forte demais para o coração dela. Então, ela chorava. Nós também choramos pelas perdas que sofremos. Pode ser a perda de um ente querido, a perda de uma condição, de um relacionamento, a perda da saúde, a perda de um emprego, de um status, de uma expectativa... E pode ser que demoremos a nos recuperar. Cada pessoa tem seu próprio tempo! Mas com a força que Jesus nos dá podemos passar pelo vale da dor. Não precisamos viver para sempre chorando, estagnados no sofrimento. Na história da viúva de Naim, Jesus não apenas disse para ela parar de chorar, mas entrou em ação, ressuscitando o filho dela. - "Moço, eu ordeno a você: levante-se! O moço sentou-se no caixão e começou a falar, e Jesus o entregou à mãe". (vs.14-15) Todos ficaram com muito medo, mas também maravilhados com o inusitado, e louvavam a Deus, falando que um grande profeta havia aparecido para salvar o povo. 
A vida não é feita só de sorrisos; mas também de sonhos e frustrações, de luz e sombras, de montanhas e vales, de tempestades e bonança. As "tempestades" não duram para sempre, felizmente. Podem chegar e fazer estragos; porém, são temporárias. A viúva de Naim seguia o funeral do filho desolada, sem nenhuma perspectiva de mudança para aquela situação. Seria aquele o fim de sua família. Todavia, Jesus estava passando por ali. E, por onde Jesus passa, as coisas não continuam mais da mesma forma. Jesus se importa com a nossa dor. Ele sabe de tudo o que estamos passando. Agar não conhecia a Deus intimamente. Mas depois que o Anjo do Senhor apareceu a ela no deserto em um momento desesperador, Agar deu ao Senhor um nome - "O Deus que vê". Isso porque Deus havia falado com ela, através do anjo, e ela havia perguntado a si mesma: "Será verdade que vi Aquele que me vê?" (Gênesis 16:13) Humilhada, desesperada, fragilizada, sem esperança, Agar havia vivido momentos muito difíceis no deserto. Mas "Aquele que tudo vê" a encontrou. Deus foi ao seu encontro. E essa é uma grande lição para todos nós. Deus nos vê e encontra. Muitas vezes pensamos que estamos sozinhos e perdidos em nossa jornada, pensamos que tudo está acabado. Quem era Agar naquele contexto? Quem era a viúva de Naim? Quem somos nós? Mas Deus nos vê em nossa individualidade, em nossas fragilidades e subjetividades. Parece que hoje é o fim de tudo. Mas não é. A história sempre se repete: depois da tempestade, a bonança. Depois da guerra, a paz. Depois do choro, a alegria. Cada dia um novo dia. Um novo alento. Uma esperança nova. "O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã."