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Entrevista

Mauricio de Sousa fala sobre novos projetos e sua ligação com o Alto Tietê

Criador da Turma da Mônica esteve em Suzano e concedeu entrevista ao DS. Ele falou sobre novas produções

27 agosto 2017 - 11h12Por Lucas Lima - De Suzano
Um dos principais escritores e quadrinistas brasileiros, Mauricio de Sousa, conhecido por criar a "Turma da Mônica", concedeu entrevista exclusiva para o DS durante o lançamento do projeto "Vôlei Mania", que ocorreu, na sexta-feira, Teatro Municipal Doutor Armando de Ré, em Suzano. 
 
Aos 81 anos, 50 dedicados aos quadrinhos, ele falou sobre o lançamento do livro da autobiografia e dos dois filmes da turminha que estão sendo produzidos. Além disso, contou as experiências de infância que viveu em Mogi das Cruzes e da criação dos personagens, que hoje são conhecidos por todo o Brasil e até mesmo internacionalmente. 
 
Diário de Suzano - Como foi lançar um livro de autobiografia que relata a sua infância no início deste mês?
 
Mauricio de Sousa - Foi uma experiência interessante e gostosa. Fazia tempo que eu estava pensando em escrever alguma coisa sobre minha vida, para mostrar como é que foi, como não foi, vitórias e derrotas, problemas e alegrias. Sempre fui uma pessoa para cima, mesmo nos momentos de dificuldades. Então no ano passado, durante 10 meses fiquei com alguns jornalistas tentando lembrar da maior parte possível da minha vida. E dessas conversas nasceu a autobiografia, que me agradou e principalmente cativou também aos leitores após o lançamento.
 
DS - Como está a produção do filme que lançará da Turma da Mônica no cinema em 2018?
 
Mauricio de Sousa - Fizemos as escolhas de todos os personagens que fazem parte da turma e confesso que fiquei assustado com o tanto de pessoas que se parecem com as criações. Estou muito feliz com o filme e será uma nova experiência. Haverá outro da Turma da Mônica Jovem, mas o primeiro "Laços do Floquinho Sumido" será lançado no fim do ano que vem. Os dois estão sendo produzidos no formato live action, com atores humanos invés de desenhos. Em relação ao enredo do filme do Floquinho, a turma se unirá para investigar o sumiço do cão. Os bastidores estão sendo fantástico, ainda mais com o Floquinho já estar aprendendo truques, uma graça de cachorro.
 
DS - Como foi sua experiência aqui no Alto Tietê?
 
Mauricio de Sousa - Eu vivi toda a minha infância em Mogi das Cruzes, até ficar jovem e depois ir para São Paulo. Uma infância super agradável e gostosa. Mogi e Suzano eram pequenas cidades, que tinham ruas de terra, onde era uma delicia para jogar bola. Então tenho excelentes lembranças e ainda lembro como se fosse ontem tudo que passei nessa região, que adoro. Acho que o clima que havia na parte social, como a minha família que me deu liberdade de brincar, estudar, ler gibi, ajudou muito a fazer tudo que eu fiz depois. Tive uma infância tão boa, que até agora ainda não sai dela. Estou ligado a ela umbilicalmente, onde me ajuda sempre, quando sento para escrever algo. 
 
DS - Qual a relação de alguns de seus personagens com sua infância e com a região?
 
Mauricio de Sousa - O Cebolinha, Cascão e a Magali praticamente nasceram aqui e depois inspiraram os personagens. O Cebola e o Cascão eram garotos que jogavam bola com meu irmão mais novo. Depois veio a Magali, que também nasceu em Mogi. A Mônica, quando a criei, eu ainda morava em Mogi. Então o município é o berço das minhas informações e vivências, que me alimentaram durante todo o processo de criação.
 
DS - Qual a importância do senhor estar apoiando um projeto como o "Vôlei Mania" em Suzano?
 
Mauricio de Sousa - O Instituto Cultural Mauricio de Sousa tem esse projeto já como meta. De aproximar a entidades com essas decisões. Participarmos de projetos que fale de esporte, educação, disciplina, de um Brasil melhor para nossos filhos e netos, faz parte da filosofia da empresa. Isso porque por meio disso, podemos nos aproximar mais a população, principalmente das crianças, que são nossos primeiros leitores. Então é importante projetos como este de alfabetização, ensinamentos, e essencial mensagem de comportamento, que podem ensiná-los a escolherem caminhos melhores no futuro. Assim, estarão na sociedade de maneira mais calmo e sempre atuante para o bem. É um orgulho fazer parte de mim também, gosto de estar perto de criança e de contar história com final feliz, o que vai acontecer com eles, não tenho dúvida.
 
DS - Há perspectiva para expandir o projeto no Alto Tietê?
 
Maurício de Sousa - A gente tem essa filosofia e temos possibilidade de expandir. Não fico procurando para plantar. Há uma procura natural de entidades e vemos como podemos colaborar e ajudar. Então estamos abertos para receber entidades e crescer nossa rede, que levará não só atividades estudantis, mas também relacionadas à área do esporte para ajudar a criançada.

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