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Esportes

CPI do Futebol é instalada em Brasília, mas trabalhos só começam em agosto

15 julho 2015 - 08h00

Após quase dois meses de atraso, a CPI do Futebol foi instalada ontem. Em uma rápida reunião, o senador e ex-jogador Romário (PSB-RJ) foi escolhido presidente da comissão e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), como relator. Por conta do recesso parlamentar, que inicia na próxima semana, a comissão deve começar efetivamente a funcionar apenas em agosto. Romário disse ontem que o objetivo da comissão será investigar as irregularidades no mundo do futebol, a começar pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). "Eu espero que quando a CPI estiver finalizada os brasileiros conheçam todas aquelas pessoas que fazem mal ao futebol e que os culpados paguem pelos seus crimes", disse. Ele afirmou que vai trabalhar para que sejam quebrados sigilos dos atuais e de antigos dirigentes da CBF, como Marco Polo Del Nero, atual presidente, e Ricardo Teixeira, ex-mandatário da entidade. O senador disse ainda que a comissão vai buscar ter acesso aos dados das investigações do FBI e da polícia suíça que levaram à prisão o ex-presidente da CBF José Maria Marin, no dia 27 de maio. O fato foi o que levou Romário a trabalhar pela abertura da CPI. A demora para instalar a comissão foi articulada pelo PMDB, que mantém estreitas ligações com a CBF. Fernando Sarney, um dos filhos do ex-presidente José Sarney, por exemplo, é vice-presidente da confederação. Por conta disso, o partido escolheu um dos nomes da sua mais estrita confiança para a relatoria da comissão. Ontem, Jucá relativizou o fato de ter sido escalado para fazer parte da CPI. "Eu fui convocado pela experiência de ser relator de várias matérias. O presidente Romário tem história e experiência dentro e fora do campo. Dá para, somando experiências, a gente montar uma bela seleção e não perder de 7 a 1, virar o jogo", brincou. marin O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foi ouvido ontem pela Justiça da Suíça, se recusou a ser extraditado voluntariamente para os Estados Unidos e contratou para uma longa batalha jurídica um ex-chefe do Departamento de Justiça da Suíça, Rudolf Wyss. Com a recusa de Marin, a Suíça vai abrir um procedimento e dar uma primeira resposta aos norte-americanos até 13 de agosto. Os advogados de Marin alegaram que a documentação não trazia provas suficientes de um crime que, mesmo que houvesse, eles não seriam reconhecidos pelas leis suíças.