Sobrou para os reservas do São Paulo a complicada tarefa de enfrentar a Ponte Preta, hoje, 16 horas, em Campinas, e ajudar a restaurar um ambiente tranquilo no clube. Acabar com a crise nos bastidores com um bom rendimento em campo é fundamental para a equipe se preparar para o jogo com o San Lorenzo, pela Copa Libertadores, na próxima quarta, no Morumbi. A responsabilidade ganha peso também pela qualidade do adversário. A Ponte Preta não perde há nove rodadas e tem a quinta melhor campanha da competição - só perde para os quatro grandes do Estado. A partida encerra uma semana conturbada do São Paulo. A segunda derrota para o Corinthians no ano deixou o time abatido e, na sequência, a má atuação na vitória por 1 a 0 contra o São Bento fez a torcida vaiar os jogadores. A situação piorou após o apito final, quando o técnico Muricy Ramalho reclamou que o clube está dividido e ele tem sofrido perseguição nos bastidores. Diante de tanta pressão, o treinador vê a Libertadores como a principal solução para corrigir o ambiente. Por isso, nada de arriscar a perder jogadores ou de pensar que uma possível derrota em Campinas seja um resultado tão negativo. "O grande jogo-chave é na quarta, mas a partida de domingo (hoje) é importante para dar sequência tanto às vitórias, como para garantir confiança para a equipe", explicou o volante Hudson. O jogador será titular e foi bastante elogiado por Muricy pela boa atuação contra o São Bento, na última quinta-feira, quando entrou no segundo tempo e sofreu o pênalti que originou o gol da vitória. Dos principais jogadores, somente o goleiro Rogério Ceni deve atuar em Campinas. O técnico vai dar descanso a atletas que estão desgastados, como Michel Bastos, e aposta na recuperação dos lesionados Souza, Luis Fabiano e Dória para ter força máxima na quarta. No São Paulo, o confronto com os argentinos é considerado um mata-mata antecipado. Como no grupo o Corinthians é líder disparado, os dois encontros com os atuais campeões da Libertadores viraram partidas eliminatórias. OPORTUNIDADE O confronto com a Ponte Preta passou, então, a abrir espaço para alguns jogadores que não vinham atuando. O lateral-esquerdo Carlinhos voltou a jogar na quarta-feira após 40 dias afastado por tendinite no joelho e deve ser mantido para adquirir o ritmo de jogo. Reserva, o atacante Ewandro, de apenas 18 anos, também pode ter a chance de ser titular. O principal exemplo de oportunidade é a que será dada para Rodrigo Caio. O zagueiro de 21 anos deve ser reserva, mas volta a ser relacionado para um jogo depois de sete meses parado.