A neuropsicóloga credenciada pela Polícia Federal para avaliação psicológica para Manuseio de Arma de Fogo, Simone Quirino, afirmou que três a cada dez são reprovados na avaliação psicológica para posse de arma de fogo.
Durante a participação do programa DS Entrevista, a neuropsicóloga explicou como funciona o processo de avaliação do credenciamento de arma de fogo.
Segundo Simone, a estatística é baseada nos dados da clínica que comanda em Suzano e na Vila Prudente. O porte de arma é liberado apenas para maiores de 25 anos.
Simone explicou que houve um aumento na procura por mulheres para o porte da arma.
"Qualquer profissão pode tirar o porte da arma. O credenciamento das mulheres é maior nas profissões de juíza, advocacia geral e vigilante, devido ao grau de segurança que exige”, explicou.
Na avaliação psicológica é avaliado o sistema cognitivo do paciente como: a atenção, memória e inteligência. Também é avaliado o grau de agressividade, ansiedade, controle de normas e hierarquias e respeito interpessoal. Por último é feito uma entrevista semiestruturada, como uma anamnese.
A média é de duas horas de consulta.
“Cada ser humano é avaliado de uma forma. Quando entra na clínica já começa a avaliação do comportamento e interação social. É preciso estar dentro da média o grau de agressividade e ansiedade. A atitudes da pessoa precisa estar canalizada para coisas boas”, disse.
Na entrevista foram feitas perguntas referentes à composição familiar, coisas que gosta, o que incomoda, o que gostaria de mudar. Perguntas que entenda o comportamento pessoal do paciente.
No mesmo dia é marcado um retorno para informar o resultado do teste. A neuropsicóloga informa aos pacientes aptos e inaptos os pontos a serem melhorados e o procedimento para despachar os documentos para a Polícia Federal.
"Aprovado a licença a pessoa pode se inscrever no clube de tiro para praticar e depois adquirir a arma. É orientado utilizar a arma apenas no clube”, disse.
Em caso de reprovação, o paciente pode retornar depois de 30 dias ou mais.
A consulta é feita com outra profissional da clínica.
Para a neuropsicologia, é preciso ter mais tolerância no mundo atual, assim diminui os riscos de morte por arma de fogo. “Praticar o exercício da tolerância. Para ter porte de arma é preciso que a agressividade e a ansiedade estejam na média. Se não houver, o risco de acidentes com o equipamento é maior”, disse.
A clínica está localizada na região central de Suzano, na Rua Felício de Camargo,493, sala 11. Telefone para contato 4292-1964.




Simone Quirino concedeu entrevista ao DS - (Foto: Isabela Oliveira/DS)




