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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Região

Alto Tietê soma R$ 3,8 bilhões em gastos em 2025, aponta plataforma

Mogi, Itaquá e Suzano lideram ranking de cidades com maiores valores no ano, conforme levantamento

01 junho 2025 - 17h00Por Laura Barcelos - da Região
O Alto Tietê já soma R$ 3,8 bilhões em gastos públicos em 2025, segundo dados apurados nesta quinta-feira (22), às 18h30, na plataforma “Gasto Brasil”, da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CABC). A plataforma on-line permite o acompanhamento em tempo real dos gastos primários do governo em todas as esferas – federal, estadual e municipal – além do Banco Central.
 
Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba e Suzano lideram entre as cidades do Alto Tietê com os maiores valores em 2025. Durante o período da apuração, Mogi já somava R$ 1,1 bilhão; seguida por Itaquá, com R$ 561,9 milhões; e Suzano com R$ 538,5 milhões.
 
Em Arujá, a soma chega a R$ 540,1 milhões; Santa Isabel têm R$ 282,4 milhões de gastos; Ferraz de Vasconcelos R$ 279,3 milhões; Poá R$ 188,1 milhões; Guararema R$ 146,3 milhões; Biritiba Mirim R$ 75,2 milhões; e Salesópolis R$ 37 milhões.
 
Os valores obtidos na plataforma “Gasto Brasil”, são alimentados com dados oficiais da Secretaria do Tesouro Nacional. O sistema oferece à sociedade civil uma ferramenta concreta de controle e transparência.
 
O “Gasto Brasil” detalha despesas públicas por categoria, como folha de pagamento, previdência e investimentos, e por localidade. A ferramenta também identifica eventuais defasagens de informação por parte dos entes subnacionais.
 
Para assegurar precisão e confiabilidade, a plataforma utiliza uma metodologia baseada em atualizações e revisões contínuas. O processo é dividido em três etapas principais: automatização da coleta e armazenamento de dados; tratamento e ajustes das informações coletadas; e projeção dos valores estimados.
 
Dívidas preocupam e chegam a R$ 828 milhões de longo e curto prazo
 
A região conta com pelo menos R$ 828 milhões em dívidas, de longo a curto prazo. Os dados são das prefeituras de Mogi da Cruzes e Ferraz de Vasconcelos. Em Ferraz, a Secretaria da Fazenda declara dificuldades em manter a adimplência.
 
Segundo o secretário da Fazenda de Ferraz, Pedro Paulo Teixeira Junior, desde 2021, foi herdado uma dívida de gestões anteriores de aproximadamente R$ 432 milhões. Até o momento, a administração municipal realizou o pagamento de R$ 156 milhões, contando com dívida ativa de R$ 276 milhões.
 
"Vale-se destacar que atualmente é extremamente complexo manter a saúde do município de forma adimplente e regular perante os órgãos de controle externo, visto que praticamente todo o montante arrecadado pelo Poder Público, é despendido mensalmente para manutenção dos seus compromissos habituais, como: Folha de Pagamento, Encargos Sociais, Dívida Pública, Concessionárias, e contratos administrativos”, declarou em nota.
 
Ainda em nota, o secretário esclarece que o município consegue empreender novos investimentos apenas por meio de parcerias com a União e Estado. “Do contrário o Poder Público não iria conseguir propiciar novos investimentos em prol da população municipal”, salientou. “O município deixa de investir na cidade aproximadamente R$ 4 milhões mensais, os quais são convertidos em pagamento de dívidas herdadas de períodos anteriores”, finalizou.
 
Mogi das Cruzes
 
Por sua vez, a Secretaria Municipal de Finanças de Mogi informou que após o encerramento do exercício de 2024, o déficit financeiro herdado da administração anterior foi de R$ 60 milhões. “Este déficit foi objeto de estudos e, dentro do planejamento, foi revertido nos dois primeiros meses de 2025, mediante redução de despesas e revisão de contratos em vigor”, esclareceu.
 
Ainda segundo a pasta, 103 contratos foram revistos, o que resultou em uma economia de R$ 48,95 milhões. Quanto ao débito de R$ 64,4 milhões com o Instituto de Previdência Municipal (Iprem), uma lei foi aprovada para regularização, mediante parcelamento que já começou a ser pago em abril.
 
Já as dívidas de longo prazo, a Secretaria informa que o saldo final de 2024 era de R$ 552 milhões, cujos valores são pagos em parcelas mensais.
 
Poá
 
No município poaense, a Secretaria de Finanças informa que a cidade não conta com dívidas vencidas. As demais cidades foram procuradas pela reportagem, mas não responderam até o fechamento da matéria. 

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