As cidades do Alto Tietê movimentam ações de monitoramento nas Áreas de Proteção Ambiental (APA). As fiscalizações têm por objetivo evitar invasões indevidas de áreas de riqueza natural em equilíbrio com o desenvolvimento econômico dos municípios.
Apenas em Suzano, que possui território total de 207 km², a Secretaria de Meio Ambiente estima que 52% desta área é classificada como Área de Proteção e Recuperação de Mananciais (APRM), 20% como Área de Preservação Permanente (APP), 12% como Área de Preservação de Mananciais (APM) e 6% como APA.
A APA de Suzano corresponde exclusivamente à Várzea do Rio Tietê. As demais são referentes à Bacia do Rio Guaió (APM), Alto Tietê Cabeceiras/Sistema Produtor do Alto Tietê – Spat (APRM) e margens dos outros corpos d’água do município (APP).
Na cidade, as ações de monitoramento são feitas a partir do trabalho conjunto entre a Secretaria de Meio Ambiente, Departamento de Fiscalização de Posturas e Guarda Civil Municipal (GCM).
Além disso, a pasta recebe denúncias da população por meio dos canais oficiais, além do aplicativo “Cidadão Online” e o e-mail ouvidoria@suzano.sp.gov.br.
No mesmo ritmo, Mogi das Cruzes contabiliza 721 km² de área, sendo que 470,31 km² estão em áreas protegidas, representando 65,23% do território. Delas, a pasta calcula que 31 são Zona Especial de Interesse Ambiental (ZEIAs), 2 APAS, sendo uma da Várzea do Rio Tietê e outra na Serra do Itapeti, entre outras.
Para auxiliar na fiscalização desta riqueza natural, a Prefeitura criou a Patrulha Ambiental. O grupamento participa de ações para evitar a degradação ambiental no município, como ocupações irregulares, desmatamentos e práticas irregulares. O trabalho é desenvolvido por meio de patrulhamento em áreas de proteção ambiental e de proteção permanente, além da verificação de denúncias apresentadas pela população.
A última ocorrência atendida pelo grupamento ocorreu no dia 4 de agosto, quando foi encontrado um loteamento irregular no bairro Itapeti, distrito do Taboão, que já contava com abertura de ruas e ligações de água.
Em Poá, a área total de proteção ambiental corresponde a cerca de 8,5% do município, somadas às áreas de proteção estadual e municipal. Como forma de fiscalizar esses espaços, a cidade institui no Plano Diretor as Zonas Especiais de Interesse Ambiental destinadas à proteção ambiental e dos mananciais. O município conta com uma instrução conjunta com a GCM, que é responsável pela fiscalização ambiental no município.
Segundo o Executivo, no dia 11 de setembro, a GCM realizou uma ação de forma pacífica e sem qualquer ato de resistência que impediu a invasão de 120 pessoas a uma área na Rua João de Godoy, próximo ao Guaió.
Em Itaquaquecetuba, a cidade possui 848,75 hectares de áreas de proteção ambiental. O Executivo realiza fiscalização constante de forma a evitar invasões. Da mesma maneira, o patrulhamento é realizado para a prevenção dos materiais descartados de forma irregular.
Na cidade de Arujá, a Secretaria do Meio Ambiente calcula uma área total de 96,16 km², sendo que mais da metade (por volta de 55%) dessa área constitui-se em área de preservação ambiental.
Segundo dados do Instituto Florestal, o município tem 41,57% de área de vegetação nativa preservada, grande parte nessas áreas de proteção. Além disso, o município tem parte de seu território em uma Unidade de Conservação (UC), que é o Parque Estadual de Itaberaba.
Para as ações de monitoramento, a Prefeitura tem a GCM e a fiscalização ambiental trabalhando em conjunto, realizando rondas e apurando denúncias de moradores destas regiões.
Até o fechamento desta reportagem, as prefeituras de Ferraz de Vasconcelos, Biritiba Mirim, Santa Isabel, Salesópolis e Guararema não retornaram o contato feito pelo DS.




Cidades do Alto Tietê movimentam ações de monitoramento nas Áreas de Proteção Ambiental - (Foto: Mauricio Sordilli/Secop Suzano)




