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Meio Ambiente

Mais ações para o ‘Cinturão Verde’

Para três cientistas políticos, apenas o título não basta, e a região precisa incentivar e engajar, por meio do título, mais ações no Alto Tietê

21 maio 2022 - 23h20Por Fernando Barreto - da Região
O Alto Tietê detém o título de Cinturão Verde pela grande quantidade de produtores de hortifrutigranjeiros. Porém, para três cientistas políticos entrevistados pela reportagem, apenas o título não basta, e a região precisa incentivar e engajar, por meio do título, mais ações.
 
O cientista político Fernando Ivo Antunes afirmou à reportagem que muitas regiões possuem suas particularidades, e no caso do Alto Tietê o destaque é o agronegócio. Segundo disse, o Governo do Estado divide assim para melhor trabalhar as ações e investimentos.
 
Ele elogia o título, mas ressalta: “Não é só um título em si, ele precisa ser trabalhado para que devolva em benefícios para a região”. “Não adianta só ficar no papel. Qual o último grande evento para debater o agronegócio, do que adianta o título? Precisa-se trazer para o debate”, explicou.
 
Para Fernando Ivo, a população precisa olhar para os deputados estaduais da região, que conhecem melhor as demandas, e podem cobrar ações de fomento. “Os deputados precisam ter esse foco para fomentar a região, usando esse símbolo. Quando foi a última vez que ocorreu um evento sobre agronegócio? A população precisa saber o que o governador pensa disso”, explicou.
 
Eduardo Caldas, outro cientista político que conversou com a reportagem, ressaltou o mesmo de Fernando Ivo. Para Eduardo Caldas o lado do hortifrutigranjeiro não tem sido fomentado pelas prefeituras. “Parece, não tenho dados e números, que Mogi mantém programas e projetos para ajudar os agricultores”, disse.
 
Segundo explicou, essa mudança ocorre a partir do Plano Diretor Municipal, que precisa ser estudado e elaborado pensando neste grupo da população. “ Em Mogi tem uma casa de agricultura, a unidade da Fatec tem curso de agronegócio. Lá é muito circunscrito. O ideal é fazer as outras cidades se engajarem”, concluiu. O objetivo é criar maneiras de evitar a parte urbana de encobrir a rural.
 
Outro cientista que conversou com a reportagem foi Olavo Câmara. Ele destacou que a região sempre foi de interesse da Capital paulista. “Desde 1930 e 1960 muitos vinham comprar hortifrúti em Mogi. Até hoje tem muitos produtos que exportam para a capital”, destacou.
 
Olavo afirma que com isso a região criou empregos. “Com essa característica, os prefeitos têm interesse de trazer políticos para cá”. 
 
O QUE É O CINTURÃO VERDE?
 
O Cinturão Verde é uma área verde de preservação, responsável pela qualidade de vida da população que habita seu entorno. Além de abrigar os mananciais que abastecem a cidade e as cabeceiras e afluentes dos rios que cortam a área urbana, esse espaço estabiliza o clima.
 
O cinturão auxilia na recuperação atmosférica filtrando o ar poluído, abriga grande biodiversidade de espécies, protege os solos de áreas vulneráveis, garante parte da segurança alimentar das cidades, constitui reserva do patrimônio cultural, apresenta forte potencial para novas descobertas científicas e estimula as atividades autossustentáveis.
 
Instituído como Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (RBCV), o paulista é formado por 39 municípios da Região Metropolitana e atualmente é coordenado pelo Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado.
 
Mas muito antes dos protestos, pelos idos da década de 60, o Cinturão Verde surgiu como área de cultivo agrícola. Hortaliças e frutíferas plantados naquela área que formava um anel em torno da Região Metropolitana de São Paulo abasteciam o Ceasa (Central de Abastecimento) e os mercadões da Cantareira e da Lapa. Depois da criação da reserva, o espaço passou a ser estudado sob o ponto de vista ambiental e florestal, e tratado com mais recursos financeiros.
 
A existência de cinturões verdes nas cidades é de extrema importância para a agricultura e para o abastecimento do mercado consumidor local. Além disso, contribui de forma efetiva para a preservação das áreas ambientais e para melhorar a qualidade de vida das pessoas que moram próximo a esses locais.
 
Esses espaços vêm aumentando nos últimos anos, em diversas localidades do país, e oferecendo possibilidades mais sustentáveis para os moradores dessas regiões. O cinturão verde de São Paulo é um bom exemplo de como é possível reduzir os índices de poluição e permitir a produção e circulação de frutas e hortaliças, suprindo as demandas por alimentos nutritivos e saudáveis.
 
Além de São Paulo, alguns locais que também contam com esse espaço são: Campinas, Mogi das Cruzes, Curitiba, Cianorte, Belo Horizonte, Porto Alegre, entre outras.

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