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Jornal Diário de Suzano - 13/12/2025
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Taxação de 50%

Mercadorias do Alto Tietê têm EUA como principal destino e tarifa de Trump preocupa

Ciesp manifestou profunda preocupação diante da decisão tomada pelo presidente Donald Trump

11 julho 2025 - 05h00Por da Reportagem Local

A Regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) no Alto Tietê manifestou, nesta quinta-feira (10), "profunda preocupação" sobre a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira (9), em que anuncia a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano. Segundo Trump, as tarifas passam a valer a partir do dia 1º de agosto.

A decisão pode trazer impactos negativos na área de abrangência do Ciesp Alto Tietê. Nos primeiros cinco meses do ano, as exportações se concentraram, especialmente em: papel e cartão; máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e materiais elétricos. 

No mesmo período, as principais compras regionais foram de: máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos; plásticos e suas obras; e produtos químicos orgânicos.

Entre janeiro e maio, os principais destinos das mercadorias do Alto Tietê foram: Estados Unidos (US$ 93,5 milhões), Argentina (US$ 52,7 milhões) e Chile (US$ 24,7 milhões). Já as origens das compras regionais foram: China (US$ 106,9 milhões), Japão (US$ 94,1 milhões) e Estados Unidos (US$ 60,9 milhões).

Segundo o Ciesp, o atual embate entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ultrapassa os limites da diplomacia ao utilizar a questão tarifária como instrumento de disputa pessoal e ideológica. "Tal postura equivocada tem causado prejuízos concretos e imediatos às nossas relações comerciais, afetando diretamente as forças produtivas, os trabalhadores e toda a sociedade", disse o Ciesp.

Segundo a entidade, faltam argumentos concretos em favor dos EUA para uma tarifa de 50% nas importações do Brasil. "Não procede a justificativa do presidente estadunidense sobre a balança de pagamentos entre os dois países lhes ser desfavorável, já que apenas na última década o superávit a favor deles foi de US$ 91,6 bilhões no comércio de bens. E se incluído o comércio de serviços, o superávit dos EUA chega aos US$ 256,9 bilhões", informou nota assinada por José Francisco Caseiro, diretor regional do Ciesp Alto Tietê. Segundo ele, a soberania do Brasil, assim como a de qualquer nação, deve ser respeitada. "Questões pessoais e ideológicas de governantes não podem prevalecer em relações internacionais entre nações, pois os danos causados são severos e de difícil reparação, colocando em risco o desenvolvimento e o bem-estar de nossos povos. O diálogo diplomático deve ser respeitado; e com fatos não falsas versões deles".