Palestra alerta sobre os impactos do excesso de informação na saúde nesta quinta-feira

A convite da Universidade Aberta à Integração (Unai), a jornalista especialista em Educomunicação, Gisleine Zarbiettis, ministrará uma palestra nesta quinta-feira (5) para falar sobre os efeitos do bombardeio de informações na sociedade hiperconectada. A programação realizada em alusão ao Dia das Mães conta ainda com o apoio do Conselho Municipal do Idoso (CMI) de Mogi das Cruzes e o envolvimento do Pró-Hiper. A abertura ficará por conta do Coral da Unai, que fará sua primeira apresentação pública após a pandemia. 

 

Com o tema “Os impactos do excesso de informação na saúde das pessoas - Infodemia”, a palestra será realizada às 15 horas para professores e alunos da UNAI e do Pró-Hiper, na sede da instituição que fica no Centro Universitário Braz Cubas (Av. Francisco Rodrigues Filho, 1233, Mogi das Cruzes). 

 

Sob a regência do maestro Sergio Wernek, o coral da Unai abrirá a programação que contará ainda com uma dinâmica aplicada pela psicóloga Denise Oliveira e a sessão de autógrafos do livro de poesias “Ouvindo meu coração”, de Bel Moraes, uma das alunas da Unai.

 

 

 

O termo infodemia foi designado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para definir o grande fluxo de informações que se espalham rapidamente nas plataformas de comunicação digital e se multiplicam de forma acelerada. Segundo a especialista Gisleine Zarbiettis, esse fenômeno, análogo a uma pandemia, é propício para refletir sobre o que as pessoas estão consumindo em termos de informação. Por se tratar de um evento em alusão ao Dia das Mães, a especialista falará como a hiperabundância de informação vem provocando crises de ansiedade entre crianças e adolescentes. 

 

“Um levantamento divulgado recentemente na Imprensa mostra que o uso de telas tem provocado alterações no comportamento dessa faixa etária, acarretando tristeza e dificuldades de lidar com a pressão. Além de deixar marcas na saúde das pessoas, o excesso de informação também dificulta os filtros de detecção de fontes idôneas e confiáveis e deixa as pessoas incapazes de pensar, agir e, consequentemente, fazer boas escolhas. Isso coloca em risco a democracia de um país e mostra a necessidade de sensibilizar os formadores de políticas públicas sobre esse tema”, destacou.

 

Para a diretora da Unai, Juraci Fernandes de Almeida, o assunto é pertinente principalmente por conta do público atendido pela instituição, que tem como foco a área da gerontologia, ciência que estuda o envelhecimento para aumentar a qualidade de vida através da educação continuada:

 

“É notória a necessidade de transformar a presença digital em fluência, por isso mesmo este ano implantamos as aulas de letramento digital que fazem parte do processo de formação cidadã da universidade. Além de orientar as pessoas a saberem se relacionar nas redes esta será também uma oportunidade de conscientizar sobre os riscos do excesso de informação, principalmente na saúde mental”, disse.