O Alto Tietê registrou, em 2025, até agora, uma média de oito encaminhamentos por mês de pacientes com câncer de mama para a rede estadual. O tratamento oncológico é feito em unidades do Estado e o tempo de duração depende do tipo e do estágio do câncer, além da resposta individual de cada paciente. Para reduzir riscos, as cidades da região destacam medidas de prevenção, como autoexame, consultas periódicas e atenção a sinais suspeitos.
Em Suzano, o setor de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde promoveu 12 encaminhamentos para tratamento de câncer de mama em agosto deste ano. No mesmo período de 2024, haviam sido 8. Com base nesses e em outros dados, a Prefeitura calcula uma média de 8,5 casos encaminhados por mês até agosto.
A investigação para um possível diagnóstico começa na Atenção Primária, com anamnese, exame clínico das mamas e solicitação de mamografia de rastreamento para mulheres de 50 a 69 anos, ou conforme o risco individual. Os casos suspeitos são encaminhados para mastologia, onde são realizados exames como biópsia e laudo histopatológico, que confirmam o diagnóstico.
O tempo de tratamento depende do estadiamento e do protocolo adotado. Em média, varia de três a seis meses para cirurgia e radioterapia, de quatro a seis meses para quimioterapia, até um ano para o uso de trastuzumabe e até dez anos para hormonioterapia. A administração destacou ainda que, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o início do primeiro tratamento deve ocorrer em até 60 dias após o diagnóstico em laudo patológico, e a investigação diagnóstica de casos suspeitos deve ser concluída em até 30 dias.
Em Mogi das Cruzes, de janeiro a agosto de 2025, foram encaminhados 66 casos de câncer para inserção na Rede Hebe Camargo (estadual), contra 58 no mesmo período de 2024. Isso representa uma média de 8 encaminhamentos por mês neste ano e 7 no anterior.
Para prevenir o câncer de mama, a Prefeitura orienta a adoção de um estilo de vida saudável: manter o peso corporal adequado, praticar atividade física regularmente, ter uma alimentação equilibrada rica em frutas e vegetais, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar. A amamentação é considerada um fator protetor. Além disso, as mulheres devem realizar a mamografia anual a partir dos 40 anos e procurar atendimento médico ao perceber alterações suspeitas.
Itaquaquecetuba foi a única cidade que não registrou casos encaminhados em agosto de 2025. No mesmo período de 2024, foram dois casos. Em geral, o município registrou entre 5 e 10 encaminhamentos mensais, ou seja, uma média de 7,5 encaminhamentos para oncologia com diagnóstico confirmado de câncer de mama por mês.
O procedimento inclui a paciente, inicialmente, procurar a UBS mais próxima. O ginecologista solicita exames como mamografia, ultrassonografia de mamas e outros. Caso haja suspeita, a paciente é encaminhada ao mastologista que, com base no resultado da biópsia, confirma ou descarta o diagnóstico.
Em Ferraz de Vasconcelos, a Secretaria de Saúde informou que, até agosto de 2025, foram encaminhados 103 casos à Central de Regulação do Estado de São Paulo (Cross), representando uma média de 12,8 por mês. Em todo o ano de 2024, o total foi de 149. Segundo a pasta, os primeiros sinais são avaliados na Atenção Primária e, quando há necessidade de exames complementares, os casos com suspeita de câncer são enviados para média e alta complexidade da rede estadual. Além disso, o município mantém grupos coletivos de prevenção e promoção da saúde, reforçando o autocuidado e esclarecendo dúvidas, dentro da estratégia de busca ativa e diagnóstico precoce.
Em Guararema, são realizados apenas exames diagnósticos, como mamografia e ultrassonografia das mamas. O tratamento ocorre nos serviços de referência, em hospitais estaduais. A cidade não informou o número de encaminhamentos realizados.
Já em Santa Isabel, o município agendou, por meio do Sistema Estadual de Regulação (Siresp), 4 casos de câncer de mama até agosto de 2025 e 6 em 2024. A média corresponde a 0,5 caso por mês. As pacientes são encaminhadas para atendimento em mastologia nos Ambulatórios Médico de Especialidades (AMEs) e hospitais estaduais, onde podem realizar biópsias, quando necessário. Nos casos confirmados, são inseridas na Rede Hebe Camargo de Oncologia para dar início ao tratamento.




Região encaminha em média oito casos de câncer de mama por mês - (Foto: Reprodução/Google Maps)




