Quatro escolas do Alto Tietê aderiram ao Programa das Escolas Cívico-Militares (ECM), sendo duas em Mogi das Cruzes, uma em Ferraz de Vasconcelos e uma em Itaquaquecetuba. As atividades no novo modelo começam a partir do 2º semestre e devem impactar 3 mil alunos da rede estadual.
Segundo a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), o programa propõe um modelo de gestão escolar direcionado a escolas com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e com alunos em situação de vulnerabilidade social.
Desta forma, a pasta explica que o programa é uma alternativa para contribuir com a qualidade do ensino na educação básica, além de propiciar um lugar mais seguro, com melhoria do ambiente e da convivência escolar.
As escolas que aderiram ao programa terão autonomia para elaboração do seu projeto político-pedagógico, conforme orientações emitidas pela Seduc-SP. Além disso, as comunidades escolares continuarão respeitando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e demais normativos da educação nacional e estadual.
Ainda segundo a Seduc-SP, os militares da reserva atuarão como colaboradores da gestão e da organização escolar. Outra mudança é a exigência do uso de uniformes militares pelos alunos.
“O programa tem como objetivo dar mais protagonismo ao professor como gestor de classe e do seu tempo em sala de aula. O programa traz o militar como um suporte que auxilia os professores e alunos, promovendo uma organização mais efetiva e harmônica, difundindo valores humanos e cívicos que impactam diretamente no processo ensino-aprendizagem”, destacou a pasta em nota.
Escolas
Em Mogi das Cruzes as escolas são Euryclides de Jesus Zerbini, Thimoteo Van Den Broeck Frei; em Ferraz de Vasconcelos é a Landia Santos Batista Professora, em Itaquaquecetuba a escola Amalia Maria dos Santos.
Para aderir ao programa ECM, as unidades que manifestaram interesse, passaram por três rodadas de consulta pública, com objetivo de ouvir a comunidade escolar e garantir a transparência do processo.
Tiveram direito a voto: mãe, pai ou responsável pelos alunos menores de 16 anos; estudantes a partir de 16 anos, ou seus familiares, em caso de abstenção do aluno; e professores e profissionais da equipe escolar.
A votação a favor do modelo foi contabilizada quando a escola alcançou o quórum mínimo e registrou, pelo menos, 50% + um dos votos válidos. Ao todo, 132 comunidades aprovaram a implantação.
Segundo a Seduc-SP, neste ano, 100 escolas seriam selecionadas para começar as atividades no novo modelo e, como o número foi superior, a pasta adotou critérios de seleção, como a existência de pelo menos uma escola por município, o índice paulista de vulnerabilidade social (IPVS) e o resultado no índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp).




Três cidades da região criam escolas cívico-militares com 3 mil alunos - (Foto: DIVULGAÇÃO/PREFEITURA DE TAUBATÉ)




