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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Região

Três cidades da região estão em média ou alta vulnerabilidade climática

Documento revela desigualdade socioambiental, risco de desastre e falhas no planejamento urbano e climático

28 setembro 2025 - 05h00Por Laura Barcelos - da Reportagem Local

O Alto Tietê tem três cidades que estão em situação de alta ou média vulnerabilidade climática para inundações, enxurradas e alagamentos, segundo a plataforma Adapta Brasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Biritiba-Mirim está classificada como alta vulnerabilidade, enquanto Ferraz de Vasconcelos e Santa Isabel estão em média vulnerabilidade. Já Arujá, Guararema e Salesópolis estão classificadas em baixa e Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba, Suzano e Poá em muito baixa vulnerabilidade.

Cidades Verdes-Azuis Resilientes

Os dados integram o relatório Cidades Verdes-Azuis Resilientes, que reúne conhecimento científico e tecnológico para a construção de ambientes urbanos mais preparados e sustentáveis diante de crise climática.

Segundo o MCTI os desastres que provocam instabilidade social não são causados pelo evento climático em si, mas pela interação desse evento com a vulnerabilidade do território, das pessoas e do ambiente construído. O documento reforça que, sem enfrentar a desigualdade, a adaptação não será transformadora, consistente ou duradoura.

O texto também alerta para os riscos de respostas somente reativas, como canalização de rios ou piscinões isoladas, que podem agravar a situação dependendo dos efeitos não planejados, principalmente sobre justiça sócio-climática.

O Ministério explica que o projeto aprofunda que a preservação e a restauração da infraestrutura verde e azul são essenciais para enfrentar enchentes, ilhas de calor, poluição e crises hídricas. As chamadas soluções baseadas na natureza (SbN) promovem a integração entre sistemas urbanos e ecossistemas, por meio de corredores ecológicos, arborização urbana, recuperação de corpos d’água, telhados verdes e solos permeáveis e outras soluções. Entre os benefícios estão o aumento da biodiversidade, o equilíbrio hídrico, a redução de temperatura, a melhoria da qualidade do ar e a saúde da população.

O relatório defende uma governança inclusiva para transformar cidades em territórios verdes, azuis e resilientes. Ainda segundo o MCTI, a educação climática é apontada como essencial, assim como a participação social, que deve ser um pilar para consolidar apoio político e popular às medidas de resiliência.

O documento conclui que a construção de cidades sustentáveis no Brasil exige articulação entre planejamento urbano, justiça social e preservação ambiental, garantindo a universalização dos benefícios e a redução das desigualdades. 

 

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