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Cidades

PM cumpre reintegração de posse em área no Monte Sion e 250 casas são destruídas

Procedimento de destruição de casas iniciou às 6 horas e terminou às 8 horas

25 julho 2017 - 11h23Por Lucas Lima - de Suzano

A Justiça junto com a Polícia Militar (PM), secretarias da Prefeitura de Suzano, Guarda Civil Municipal (GCM), cumpriram nesta terça-feira (25) uma reintegração de posse na Estrada do Areião, no bairro Monte Sion. Ao todo, 250 casas foram destruídas. Policiais do 32º, 17º e 35º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) realizaram a operação. Não houve resistência e a ação que iniciou às 6 horas terminou às 8 horas.

Os trabalhos seguiram até por volta das 9 horas, quando tratores ainda permaneciam no local para derrubada das casas irregulares. Além dos funcionários, os então ocupantes da região buscavam em meio aos escombros pertences esquecidos.

Segundo o coordenador operacional e capitão do 32º BPM/M, Schulze, a ação ocorreu de forma pacífica. “Não tivemos resistência. Chegamos ao local e ainda tinha quatro famílias ocupando. Conversamos e logo saíram para que começássemos os trabalhos. Um fator que auxiliou esse procedimento foi à vinda de policiais dias antes para avisar que cumpriríamos a reintegração”, explicou.

Mesmo após a reintegração, os sinais deixados eram possíveis ser vistos, como cadeiras destruídas, copos e até mesmo cobertores. O cenário comoveu a aposentada Maria de Fátima. O motivo é que ela morava na área com o esposo e o neto. Ela ficará morando de favor na casa do cunhado. “Muito complicado ver que tudo chegou ao fim. Fizemos reuniões e nada deu certo. Agora vou ter que ficar na casa do parente até achar outro lugar para voltar a construir minha vida”, lamentou.

A Prefeitura ofereceu todo apoio às famílias ocupantes. De acordo com o chefe da Fiscalização e Postura, Edson Tavares, a governo ofereceu assistência a seis famílias. “Nosso papel foi realizado. Ajudamos as pessoas a levarem os pertences para casas de parentes e demos melhor assistência possível para as crianças e idosos. Infelizmente é uma ação difícil para as famílias, mas estamos aqui para auxiliar”.

Diante da destruição, o pintor José Nivaldo vê que não terá condições para arcar com aluguel, e deverá ficar em situação de rua por enquanto. Ele morou na área invadida por nove meses.“Fiquei completamente sem nada. Vim de Pernambuco e estava começando a viver minha vida aqui. Vou procurar algum lugar para ficar, enquanto isso vou ajuntando alguns materiais que restaram para vender em ferro velho e me ajudar a sair dessa situação. Acredito em Deus que tudo dará certo”, ressaltou.

Já o catador Leonardo de Oliveira Calaf disse que procurará outra área para ocupar ou dependendo das condições, voltará à mesma área. “Vou ficar atrás de um terreno. Caso eu não ache, vou invadir uma área ou retornar a essa mesma. Tenho uma esposa e filhos, preciso dar um lar a eles”, completou.

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