A grade que cerca a área da Lagoa Azul, em Suzano, possui quatro aberturas irregulares. Os buracos abertos no gradeamento foram feitos, aparentemente, por vândalos. Em alguns locais, foram retirados aproximadamente dois metros de barras metálicas, em outros, a passagem é estreita, mas permite entrar no terreno. As condições do imóvel vêm a público, após um aposentado, de 71 anos, se afogar e morrer. A ocorrência foi registrada na terça-feira. Na Avenida Senador Roberto Simonsen é possível identificar duas entradas. A primeira está próxima a placa de "Proibido Nadar", afixada na grade pela Defesa Civil de Suzano. Neste trecho foram retirados quase dois metros de ferro. Um pouco mais a frente, ao lado do painel elétrico da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) há outra passagem. Esta é menor, porém permite a entrada na área. Outras duas entradas ainda podem ser verificadas na Rua José de Almeida - lateral a Lagoa Azul. A primeira abertura também possui cerca de 2 metros de comprimento. Cerca de 300 metros à frente, na lateral da grade, o alambrado foi vandalizado. Uma trilha foi feita para acessar o local que é cortado por um córrego. Neste ponto também a placa indicativa de Proibido Nadar. Contudo, em nenhum ponto do imóvel havia fiscalização. RESPONSABILIDADE De acordo com a Faculdade Piaget, o terreno pertence à Prefeitura de Suzano, e, portanto, não cabe à instituição qualquer responsabilidade sobre o que venha a ocorrer na área. A Piaget explica ainda que só poderá realizar a recuperação da área quando a administração municipal der aval positivo. Sendo que a Prefeitura também depende de liberação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para iniciar o procedimento. Segundo a Cetesb, tanto a Prefeitura quanto a Faculdade entregaram estudos sobre a área, ambos estão em análise. Ainda segundo a gerência da Agência Ambiental de Mogi das Cruzes, apesar da análise já estar em andamento, não é possível precisar os prazos para conclusão. A Prefeitura confirmou por meio de nota a informação e completa que a Guarda Civil Municipal (GCM) faz rondas no entorno, visando coibir a invasão do espaço. "A administração pede apoio à população para que não adentre o perímetro da Lagoa Azul tendo em vista o risco eminente de acidentes".