O Instituto de Nefrologia de Mogi das Cruzes e Suzano afirmou que ainda não há previsão para um reajuste no valor dos repasses feito pelo Ministério da Saúde. Segundo o diretor do instituto, Rui Alberto Gomes, o valor repassado ainda não é suficiente e o local continua recorrendo a empréstimos bancários para o pagamento das contas e para não deixar de atender pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Quanto aos atrasos, o instituto aguarda o repasse da última fatura que, segundo eles, deverá ser feito entre hoje e amanhã pela Secretaria de Estado da Saúde. "A parte operacional assistencial não mudou. A qualidade é a mesma. Estamos contraindo novos empréstimos bancários para garantir nossa operação. Os preços de nossos insumos estão subindo e a inflação também. Só não sobe o valor pago pelo SUS para o tratamento dialítico, que está defasado há uma década”, relatou. Desde que a situação do Instituto de Nefrologia veio a público, o local ainda não conseguiu uma posição efetiva do governo federal quanto ao aumento do valor repassado. "As pessoas que detêm o poder de mudar isso ainda não fizeram nada de concreto", afirmou Gomes. De acordo com a entidade, o valor pago pelo SUS é de R$ 179,03 por sessão de hemodiálise, porém o custo da sessão já aumentou e atualmente gira em torno dos R$ 250. Quanto aos atendimentos da rede pública, o instituto afirma que estão fazendo o possível para que não deixem de receber novos pacientes. Atualmente, o local atende cerca de 600 pessoas, destas, 85% são pacientes da rede pública, o que corresponde a uma média de 500 atendimentos. O diretor do local afirmou ainda que, no último mês, quatro novos pacientes iniciaram tratamento no instituto pelo SUS. "No último mês entraram dois novos pacientes na hemodiálise pela rede pública. Dois em Suzano e dois em Mogi", finalizou.