O nível atual do Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) é de 17,5% de volume de água armazenada. No mês passado, as represas da região registraram 18,4%, e, em 2014, 19,6%. Os dados tem como base o dia 6 de agosto de cada ano e são atualizados diariamente no site da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O engenheiro, ex-funcionário da Sabesp e integrante do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, José Roberto Kachel, afirmou que sem a chuva diminui ainda mais o nível. Segundo ele, a vazão do fluente está 4,6 metros cúbicos por segundo e estão sendo retirando 15 metros cúbicos/segundo das represas da região. "A vazão média para agosto é 11,4 metros cúbicos/segundo e a vazão mínima é 5,9 metros cúbicos, mas está 4,6 metros cúbicos/segundo, isso é abaixo da mínima. Nesse cenário existe risco de que em novembro possa acabar a água". Conforme divulgado no final do mês passado, o Estado já prevê novo atraso na transposição de água da Represa Billings para o Sistema Alto Tietê, principal obra para evitar o rodízio neste ano. Por conta disso, a Sabesp quer aumentar a captação do Sistema Cantareira em agosto e suspender a redução que havia sido determinada para setembro pelos órgãos reguladores. Em ofício encaminhado ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), do governo paulista, e à Agência Nacional de Águas (ANA), do governo federal, a Sabesp pede o aumento da retirada máxima de água permitida do Cantareira para 14,5 mil litros por segundo no próximo mês e que, a partir de setembro, o limite disponível para abastecer a Grande São Paulo volte a ser de 13,5 mil litros por segundo (l/s). Os dois órgãos acolheram o pleito da empresa.