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Jornal Diário de Suzano - 15/10/2024
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Mobilidade Urbana em Suzano

Pedestre tem 27 segundos em média para atravessar semáforo com segurança

Levantamento foi feito pelo DS em 16 faróis da região central da cidade

14 julho 2024 - 05h00Por Gabriel Vicco - da Reportagem Local

Os semáforos de pedestres no Centro de Suzano ficam, em média, 27 segundos abertos para as pessoas atravessarem a rua. O levantamento foi feito pelo DS em 16 faróis da região central da cidade.

A reportagem esteve em semáforos que ficam nas ruas Paulo Portela, Baruel, General Francisco Glicério, Benjamin Constant, Monsenhor Nuno, Felício de Camargo, Portugal Freixo e Tiradentes.

Os semáforos com menor tempo registrado no levantamento foram encontrados nas ruas Paulo Portela e Baruel, próximos ao Paço Municipal da Prefeitura. Ambos têm apenas dez segundos abertos para os pedestres atravessarem a rua.

O Estatuto do Pedestre determina que o tempo máximo de espera para atravessar uma via é de um minuto e meio. No entanto, o Instituto Corrida Amiga encontrou um tempo de espera de dois minutos e 11 segundos, levando em conta os 167 semáforos analisados.

O Estatuto do Pedestre também reconhece direitos para quem anda a pé. Por exemplo: a garantia de tempo suficiente para uma travessia, levando em conta a velocidade de 0,6 m/s para crianças e PCDs, 0,8 m/s para idosos e 1 m/s para adultos.

“Tivemos um avanço em legislação com o Estatuto do Pedestre que parou de considerar uma média de velocidade, que seria de um homem alto e jovem, para todos os usuários. Esse documento passou a considerar que existem velocidades mais baixas para crianças e idosos”, afirma Leticia Sabino, presidente do Instituto Caminhabilidade.

PEDESTRES

O DS conversou com duas pessoas, que reclamaram do tempo desses semáforos, afirmando que não têm tempo suficiente para atravessar. “Fecha muito rápido, às vezes não dá tempo de atravessar quando a pessoa tem mais dificuldade. Se alguém está comigo tem que ficar me puxando para não ficar no meio da rua. É perigoso”, disse Nair Medeiros.

Antônio Carlos disse que esses faróis demoram para abrir e fecham muito rápido. “Demora muito para abrir e fecha em dois segundos. Se bobear, fica no meio da rua, porque é muito rápido”.

O farol da Rua Felício de Camargo, no cruzamento com a Rua General Francisco Glicério, fica apenas 12 segundos abertos. Inclusive, a reportagem percebeu que os pedestres atravessam no sinal vermelho quando possível, por conta da demora para abrir o semáforo.

Os outros faróis vistos pela reportagem ficam mais tempo abertos para os pedestres: quatro ficam 25 segundos abertos, três ficam 30 segundos, dois ficam 45 segundos, um fica 20 segundos, um fica 30 segundos, um fica 40 segundos e um fica 50 segundos.

Prefeitura

O DS entrou em contato com a Prefeitura para entender se existe a possibilidade de mudança nos tempos dos semáforos de pedestres. A Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana da cidade disse que os tempos são definidos a partir de estudos específicos.

“A programação dos equipamentos tem que beneficiar tanto os pedestres como os veículos, de acordo com origem/destino e volume. O semáforo em uma avenida principal, por exemplo, terá mais tempo de sinal aberto do que uma secundária”, explica a Prefeitura.

A secretaria entende que os tempos de sinal aberto e fechado estão adequados. Mesmo assim, a pasta pode fazer intervenções em caso de necessidade, conforme “demanda que venha a ser verificada”.

Em relação aos semáforos próximos ao Paço Municipal, nas ruas Paulo Portela e Baruel, a Prefeitura explicou que o volume de pedestres não é considerado grande a ponto de serem necessárias alterações. Além disso, a quantidade de veículos que trafegam pelas duas ruas é muito grande, demandando vários tempos para organizar o tráfego.

A administração usou a Rua General Francisco Glicério como um contraponto. “A movimentação de pedestres é maior, o que requer mais tempo de sinal aberto nos semáforos. Ou seja, vários critérios são utilizados para determinar as programações, sempre precedidas de estudos e avaliação da evolução das demandas”, disse.

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