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Cidades

#PrataDaCasa: Gil Fuentes comemora 25 anos de carreira como colunista

09 agosto 2015 - 08h00

Ao longo de seus 55 anos, Gil Fuentes já teve muitas facetas. Foi cantor, ator, estilista, apresentador de eventos e de programa de rádio. Mas é no colunismo social em que ele mais se destaca. São 25 anos de carreira, celebrados neste ano, que terá como ponto auge um show dele a ser realizado na próxima sexta-feira. Para os próximos anos, ele quer continuar escrevendo a história de Suzano e da região, além de viver com afinco as outras funções que desempenhar. Quem vê a rotina do colunista social do DS, o imagina uma pessoa acelerada o tempo inteiro. Mas é com fala mansa e tranquilidade que Gil sempre fala sobre os seus futuros projetos e ideias. Intensidade. Esta é uma boa palavra para definir, o jovem que começou a viver o colunismo social na década de 1990, no jornal Gazeta Popular. Dois anos depois, ele veio trabalhar no DS. Começou com coluna três vezes por semana e depois de um mês passou a escrever diariamente. “Sou o único colunista na história social da cidade com coluna diária por mais de 20 anos ininterruptos”. Ao longo destes anos, acompanhou toda a evolução do jornal, que passou de preto e branco para colorido e também se modernizou, com a chegada da era digital. Além disso, Gil acompanhou a implantação da Rádio DS, que se tornou Sempre Mais FM e atualmente é nomeada como Conect Car SP/Rio 90,7 FM. Ele também apresentou programa na rádio e ocupou a função de diretor comercial. Fora da vida social, Gil - que comemorou aniversário na sexta-feira - se dedica aos seus quatro filhos (Herbert, de 35 anos, Mayara, de 28 anos, Layne, de 27 anos e Lygia, de 12 anos). É casado com Vera Fuentes e tem aprendido a cada dia a função de ser avô. Gil contou um pouco de sua história na entrevista abaixo. Diário de Suzano: Como começou sua carreira como colunista social? Gil Fuentes: Sempre gostei de escrever, mas escrevia poesias, peças de teatro. O Nelson Albissú escrevia crônicas para o extinto jornal Gazeta Popular e me falou que eles procuravam por um colunista social e que eu deveria ir. Relutei, mas acabei vindo a Suzano (morava em Mogi das Cruzes) falar com o então editor-chefe Roger Lopes e com o proprietário do jornal Carlos Spada. Minha primeira coluna foi editada no dia 10 de novembro de 1990, data do aniversário da minha filha Mayara. DS: Quando veio trabalhar no DS? Gil: Eu já estava pensando em parar de escrever quando o Angelo Roncalli me convidou para vir conhecer o Octavio Thadeu de Moraes, diretor-presidente da Rede DS de Comunicação. Naquele primeiro encontro foi feito o convite, mas até então eu ainda não imaginava que isso era algo que iria dar certo. Eu vim e aqui estou. DS: Durante estes 25 anos, quais foram os eventos que mais marcaram? Gil: Fiz muitas coisas que me deixaram plenamente realizado. Mas posso dizer que fui eu quem resgatou o nome do fundador do Diário de Suzano, Thadeu José de Moraes, nomeando o troféu das Noites de Gala que fiz nos anos 90. As maiores festas que Suzano já viveu. Onde o glamour tinha outro sabor. Também iniciei o Concurso de Crônicas e Contos, que o Instituto Thadeu José de Moraes abraçou há quase duas décadas. DS: Quais pessoas famosas já apareceram na sua coluna? Gil: Eu na verdade nunca tive esta preocupação. Gosto de falar de quem tem algo a oferecer, culturalmente falando ou na área empresarial ou artística. São essas pessoas que levam o meu nome para os quatro cantos do Alto Tietê e até mesmo fora destas cidades. DS: Você teve alguém que te inspirou e alguém que ainda te inspira? Gil: Esta pergunta já me foi feita várias vezes. E sempre disse que não. Mas antes de iniciar minha trajetória como colunista social era leitor assíduo da coluna do saudoso Mutso Yoshizawa e em seguida passei a ser leitor da coluna de Willy Damasceno. Consegui enxergar perfeitamente as linhas editoriais que eles usavam e os vocabulários próprios. Não posso dizer que me serviram como fonte inspiradora, mas posso realçar que serviram como parâmetros para eu encontrar o meu caminho. DS: Além do colunismo, você faz outras atividades na área cultural, como atuar e cantar. Como isso foi surgindo ao longo da sua vida? Gil: O ator surgiu na adolescência. Uma paixão antiga. O palco me fascina. Faço o mesmo personagem há 30 anos, no espetáculo "Se Tivéssemos Tempo", de Nelson Albissú. Fiz vários outros espetáculos de teatro. Interpreto também Osmar Navarro no musical "Quem é Osmar Navarro, Quem é?", na cidade de Santos, além de atuar como mestre de cerimônias. Sempre cantei, mas fazer um show de verdade estava longe das minhas expectativas. Foi quando o Tato La Clave, em 2010, me instigou a cantar e surgiu o primeiro show, quando comemorei meus 50 anos. Era para ser apenas um show e acabou se transformando em uma nova carreira, uma vez que atuei como estilista durante mais de 20 anos, com atelier em Mogi das Cruzes e Suzano. DS: Você tem um site com notícias da sua coluna e complementares em tempo real. Como surgiu esta ideia? Gil: Isto aconteceu por insistência de Fabiano Spada, que foi quem criou o meu Portal de notícias. Ele precisou brigar muito comigo para eu entrar neste mundo, que por sinal acho fascinante. Também procuro publicar notícias que não sejam apenas veiculadas na minha coluna. Tenho colaboradores e parceiros, que são muito bem vindos. DS: Você está realizando um evento para comemorar seus 25 anos de colunismo social. Como ele vai ser? Gil: Para quem desejava fazer apenas um show acho que fui longe de mais. Este é o sexto show. O Tato La Clave dirigiu os dois primeiros shows (2010 e 2011). Em seguida o Kiko Bispo e o Nando Padoan assumiram a direção do show em homenagem a Vinicius de Moraes ((2012). Os shows de 2013, 2014 e 2015 têm direção musical apenas de Kiko Bispo. Conto também com a preparação vocal do talentoso maestro Cleiton Xavier, do Novo Coral de Suzano. O nome #PrataDaCasa é bastante sugestivo. No passado, as pessoas tiravam seus talheres de prata do armário para o almoço de domingo, para receber um convidado especial. Então só as pessoas especiais mereciam que a prata da casa foi limpa para ser usada. E ser prata da casa é um privilégio de poucos. Só mesmo sendo tão bem recebido pela família Moraes eu pude chegar aos 25 anos de colunismo social. Me considero “prata da casa” pelo carinho que os diretores da Rede DS de Comunicação têm comigo e também por ter feito tantos amigos ao longo desses anos. Atuo também na área de assessoria e tenho como maior parceiro a G2 Construtora, que há 5 anos apresenta os meus shows. DS: O que espera dos seus próximos anos de atuação na área? Gil: Continuar a escrever a história da cidade de Suzano e Alto Tietê sob a minha ótica, sem censura, como foram todos esses anos. Quero fazer mais aulas de canto, subir mais vezes no palco, tomar mais vinho, jogar mais conversa fora, ser mais amigo, amar mais minha família e poder levar boa energia por onde eu passar.