A Secretaria de Estado de Habitação dará auxilio a Suzano para remover famílias residentes no entorno da Represa Taiaçupeba. A medida visa garantir a segurança das moradias, que poderão ficar alagadas, após o aumento da vazão de água que será enviada ao reservatório por conta de obras de captação de água do Rio Guaió e de transposição do Rio Grande. O problema foi apontada ontem pelo prefeito Paulo Tokuzumi (PSDB) e confirmado pelo secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia. Segundo o tucano, Suzano possui mais de três mil famílias em áreas ambientais. Os dados foram apontados durante a 5ª reunião ordinária do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat). A reunião teve como foco debater um mutirão regional para regularização fundiária. A medida será realizada em parceria com a pasta estadual. Também estiveram presentes no encontro todos os prefeitos da região, secretários municipais, vereadores, técnicos da pasta e deputados. Tokuzumi destaca que atualmente mais de 60 mil pessoas vivem em áreas de manancial. "Esta situação é preocupante, porque com o aumento da vazão de água que será enviado à Taiaçupeba após a conclusão das obras do Estado, estas famílias (três mil) que estão na área da represa poderão ficar inundadas", aponta. "Com a lei específica poderemos regularizar estas áreas. Mas devemos garantir a segurança das APAs (Áreas de Proteção Ambiental). Não podemos colocar em risco as nascentes. Suzano tem interesse em proteger estas áreas e buscamos apoio", frisa. O prefeito atenta ainda que o município contribui diretamente para o abastecimento da população, além de tratar a água. Por isso, ele frisa que o Estado deve ter uma preocupação distinta em relação à questão. Garcia afirma que auxiliará a cidade. "A remoção das famílias será feita em conjunto com a Secretaria (de Estado) do Meio Ambiente e com o prefeito. Para isso, iremos dialogar com estas pessoas, pois elas precisarão sair deste local". O secretário ressalta que estas áreas precisam de um cuidado permanente. Para retirar as famílias do manancial, ele aponta que será feito um levantamento. Ele também atenta que com a aprovação da lei específica que prevê a Área de Proteção e Recuperação de Mananciais do Alto Tietê Cabeceiras como manancial de interesse regional destinado ao abastecimento das populações atuais e futuras novas áreas poderão ser usadas para habitação. O secretário também aponta o programa Cidade Legal como uma oportunidade de acelerar e regularizar as moradias que estão em desacordo com a legislação estadual.