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Jornal Diário de Suzano - 23/03/2025
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Cidades

Venda de imóveis usados cai 20%

02 agosto 2015 - 08h01

A venda de imóveis usados em Suzano caiu em cerca de 20%, de acordo com estimativas da Associação de Corretores de Imóveis de Suzano (Acoris). A queda se deu por causa das mudanças de financiamento anunciadas no final do mês passado pela Caixa Econômica Federal (CEF). O município já está dando sinais de que imóveis estão ficando “encalhados”. A nova regra para adquiri um imóvel usado, foi anunciada e já está valendo. Quem está a procura de uma casa usada deve desembolsar pelo menos 50% do valor da transação. Antes, o comprador tinha a vantagem de desembolsar apenas 20%, enquanto que o restante era subsidiado pelo banco. O governo ajustou a facilidade e dificultou as faixas de financiamento para conter os gastos. Em consequência disso, o mercado imobiliário, já aquecido, dá sinais de retração. Prova disso, segundo a Acoris, é o aumento de estoque de casas. Apesar disso, a associação afirmou que não possui números detalhados dos imóveis. Em Suzano, a média de valores aplicada por metro quadrado nos bairros mais próximos da região central como Vila Amorim, Jardim Imperador está em torno de R$ 3,5 mil. Segundo estimativas, um terreno no município custa, no mínimo, R$ 150 mil. Este número, claro, depende da infraestrutura como água e esgoto, iluminação pública, pavimentação asfáltica, proximidade de estabelecimentos entre outros. Em regiões mais nobres, adquirir um imóvel pode custar de R$ 600 a R$ 850 mil. Para não perder a venda, os corretores já negociam a preços mais baixos. "Se quiser vender tem de baixar. Isso não quer dizer que estamos desvalorizando o imóvel", explicou o Ademilson Alves Bernardes, presidente da Acoris. Ele detalhou que o momento é atípico para o setor que viveu bom momento, mas agora sinaliza estagnação. Nem mesmo em meio a transição do plano Cruzeiro para o Real houve baixa nos preços. "Naquela época, a moeda instável levava as pessoas a investirem em algo que fosse mais seguro para o bolso. Isso era feito com investimento em casa", lembrou. Nem tudo está perdido, de acordo com o corretor de imóveis, Nelson Sais. Ele revela que com os preços reajustados, o momento é propício para fazer a aquisição do imóvel. "O cenário está bom para quem quer comprar um imóvel", ressaltou. Sais comentou que em alguns casos o preço dos anúncios caíram 50%. Questionado sobre as vendas de imóveis novos, o presidente da Acoris revelou que não houve acréscimo para os corretores. "A nossa participação nos negócios foi mínima. No geral, fomos procurados pelas construtoras depois de todo o processo". A pouca participação dos corretores se deu porque as próprias construtoras enviam seus próprios negociadores que ficam de plantão. TAXAS Segundo o Banco Central, as taxas nos bancos públicos e privados variam de 6% a 10% ao ano. Em geral, os prazos ofertados pelas instituições são de 30 anos para pagar e o comprador pode usar o fundo de garantia para complementar o valor da entrada. MANOBRAS Para conter a queda nas vendas, o governo federal já cogita a utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para financiamento de habitação popular. O valor máximo para contratação será de até R$ 300 mil.