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Jornal Diário de Suzano - 16/06/2024
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Cidades

Volume nas represas da região atinge 48,7%; crise hídrica é descartada

Especialista se atenta à economia de recursos e chuva irregular neste período nas represas da região

24 outubro 2018 - 23h58Por Marília Campos - de Suzano
O volume operacional dos mananciais do Alto Tietê está em 48,7%, conforme dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O índice está 2,1% mais alto em comparação ao mesmo período do ano passado. Para a meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo, as taxas estão abaixo do esperado, mas não são alarmantes. O cenário crítico foi observado durante a crise hídrica, entre 2014 e 2016. O atual volume total dos mananciais da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é de 44,4% (veja o quadro). 
 
De acordo com a profissional, a ausência de chuvas tende a ser o principal fator para o desabastecimento. "Com as condições atuais e com o que se prevê para os próximos meses, não se poderia falar na volta de uma crise hídrica", afirma. Apesar de descartar a possibilidade, Josélia ressalta que é preciso manter atenção quanto à economia de água neste período de chuvas irregulares. "A recomposição do armazenamento até os níveis normais, seguros para não haver risco de desabastecimento, se faz com a chuva do fim da primavera e do verão. A chuva do outono e do inverno é esporádica e em geral fraca. É a chuva do verão que enche reservatórios e represas". 
 
A meteorologista classifica nosso último verão como ruim, com chuva abaixo do normal, mas a primavera tem sido apropriada. "É importante que a chuva do verão seja satisfatória e quando isto não ocorre é preocupante, pois tecnicamente não há chance de recuperação do nível com a chuva do outono e do inverno", explica.
 
Josélia ainda sinaliza para o comentário da também meteorologista Patrícia Madeira, especialista em previsão climática da Climatempo, que aponta para as mesmas preocupações na Cantareira e no Alto Tietê com o fenômeno El Niño, que reduz as chances de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), e assim também diminuindo as oportunidades de chuva generalizada, bem distribuída e persistente na região Sudeste do país. Isso significa que, sem a ZCAS, o risco é de que as pancadas recaíam em um único ponto. "Com o El Niño, a chuva do verão pode virar um perigoso jogo de dados. A chuva forte e no lugar certo (nas represas) depende muito do fator sorte".

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