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Jornal Diário de Suzano - 27/04/2024
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Coluna

Boas lembranças

12 março 2024 - 05h00

Hoje podemos relembrar com muita facilidade de um tempo que passou, pode ser de quando éramos crianças, adolescentes e até de nossos tempos de jovens.
As páginas sociais trazem rotineiramente fotos antigas de lugares onde moramos, passeamos ou trabalhamos e nos fazem recordar aquele tempo em que nossos pensamentos eram voltados para outras atividades e outras preocupações, certamente bem mais leves que as atuais quando os anos que passaram nos cobram o uso da mente e do físico.
Vemos imagens de locais que nos levam a reviver um tempo que tudo parecia leve e fácil, por vezes bastava alguns passos para realizar nosso maior desejo, a simplicidade nos acompanhava e não havia tanta tecnologia, vivíamos cercados de pessoas amigas, as conversas e as gargalhadas eram companheiras frequentes, tudo nos divertia, em nossas conversas havia uma pureza que não merecia censura dos amigos e de nossos pais que mesmo a distancia nos acompanhavam.
Podíamos chegar em casa e falar com nossos pais sobre nossas conversas com os amigos, sobre nossos sonhos, projetos e planos para o futuro, eles estavam sempre disponíveis para nos ouvir e nos aconselhar, a presença da família era um esteio forte que estava ali sempre que se fizesse preciso. 
As casas de muros baixos facilitava a convivência entre vizinhos, nem precisávamos sair de casa para conversar, bastava se aproximar do muro e trocar algumas palavras fosse com o vizinho da direita ou da esquerda, até mesmo com aquele que residia do outro lado da rua, essa facilidade também permitia a ajuda mútua quando se fazia necessário.
Na escola o uniforme nos igualava na condição social, ninguém se destacava por conta das vestimentas. O esforço era maior nos estudos, onde no final do mês nossas notas e menções honrosas é que nos destacavam entre os demais.
Professores com mais autoridade conseguiam manter o respeito e a ordem, fosse na sala de aula como fora dela, até mesmo nos encontros casuais na feira ou nalgum estabelecimento comercial, cultural ou religioso.
Nossa juventude curtia aqueles momentos felizes nos bailinhos de garagem, nos namoros que se iniciavam nas conversas na calçada de nossas casas e prosseguiam até chegar ao casamento.
Muitos de nós éramos companheiros de bancos escolares desde tenra idade, prosseguíamos nossos caminhos até a formatura universitária, onde então seguiríamos nossos caminhos ou até mesmo formaríamos sociedade, cultivando aquela amizade de longos anos de companheirismo e entendimento.
Tínhamos nossas brigas e desentendimentos, nem tudo era sempre perfeito, mas a reconciliação se fazia sempre por meio de diálogo e pedidos sinceros de desculpas.
O resultado dessas amizades ainda vemos nos dias de hoje, amizades duradouras, de conversas agora geridas por meios modernos de comunicação, mas que ainda permite o encontro para o cafezinho na padaria ou quando o tempo permite um almoço ou um lanche reunindo as famílias.
A tecnologia nos ajuda muito agiliza nosso trabalho, facilita nossa vida e traz consigo também uma solidão inevitável, pois, com ela conseguimos resolver muitos problemas sem sair de nossas casas, mas impediu a convivência, o abraço, a conversa franca entre familiares e amigos que sempre traz consequências tristes de esquecimento e sentimento de infelicidade...