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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

Nossos heróis

20 abril 2020 - 23h59
Estamos torcendo para que a ciência seja mais rápida que a doença que assola o planeta, sabemos que os cientistas buscam a vacina por todos os meios possíveis.
Pesquisam remédios que já vinham sendo utilizados, buscam alternativas que amenizem a ferocidade desse vírus que em tão pouco tempo chegou a países distantes e foi tomando as pessoas de surpresa, causando morte e dor por onde passa.
De um lado os pesquisadores de todo o mundo trocando informações com um único objetivo, descobrir a vacina ou um lenitivo para amenizar os efeitos avassaladores desse mal.
De outro os médicos que expões suas vidas para salvar a de pessoas que sequer conhecem que se dedicam com afinco e com pouca proteção, colocando a cada minuto que passa em seus plantões sua vida em risco.
São tantos os doentes e são ainda tão irrisórias as vagas nos hospitais, num país onde a preocupação com a saúde não era uma prioridade, que esses profissionais se desdobram em seus plantões, muitas vezes mal tendo tempo para fazerem suas refeições e assim ficando também debilitados e vulneráveis.
São eles todos os funcionários das redes hospitalares envolvidos nesses atendimentos, desde os seguranças, àqueles que atendem na administração, preenchendo formulários de entrada, o corpo de enfermagem, os encarregados da limpeza e os médicos, todos eles hoje são nossos verdadeiros heróis.
Não tem tempo para discutir política, religião ou parar para distrair por alguns minutos, que talvez aliviasse o estresse que enfrentam. 
Estão preocupados em salvar vidas, buscam evitar que o número de mortos aumente, tentam usar os parcos recursos de que dispõe para melhorar o quadro de cada um de seus pacientes e, não é fácil, pois, apesar da boa vontade faltam respiradores, faltam leitos, faltam medicamentos e faltam equipamentos de segurança que podem evitar que também se contaminem.
Não os vemos dando entrevistas ou se queixando, só os vemos de um lado para outro dentro dos hospitais, cumprindo sua messe com dedicação, dando atenção seja aos jovens ou aos idosos que ali estão aos seus cuidados e, somente param para festejar quando algum deles se recupera e pode voltar para casa, livre do COVID 19.
Nesses momentos os vemos sorrindo, mesmo que o sorriso não amenize as olheiras ou a falta de brilho na pela cansada pelas noites e dias sem o descanso merecido e necessário.
Muitos adoecem e não podem abandonar seus postos, pois, não possuem vinculo trabalhista, são cooperados e, doentes sem trabalhar deixam de receber e não teriam como bancar suas despesas que atualmente são muitas, pois, convivendo em hospitais, sequer podem ir para suas casas, para não correr o risco de contaminar seus familiares, os pais, a esposa e os filhos, então dormem em apartamentos alugados, muitos sem o conforto de uma casa.
Somente param quando são atingidos de maneira mais profunda e são obrigados e serem também internados. Missão difícil essa que abraçaram...
Enquanto isso cabe aos demais se manter em casa, pois, essa é ainda a única maneira de evitar ser contaminado e acabar num leito hospitalar.