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Jornal Diário de Suzano - 27/04/2024
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Coluna

Reconhecimento

26 março 2024 - 05h00

No mês de março se comemora o dia internacional da mulher, mas a comemoração mais importante é o cumprimento das leis que as defendem e, este ano pudemos ver que as punições estão acontecendo de maneira clara com abusador indo para a cadeia em função de ações violentas contra mulheres que tiveram coragem de denunciar, sem medo da posição social e da sociedade.
Homens que alçaram excelente posição financeira em função de suas profissões não conseguiram manter em sua vida pessoal a mesma dignidade e empenho que destinam ao seu trabalho, talvez até porque acreditavam que o dinheiro e a fama os abonariam de qualquer falta cometida contra mulheres que os acompanham em suas festas, sejam particulares ou publicas.
A Justiça vem se mostrando forte e destemida como deve ser no julgamento de crimes contra a honra feminina e determinando a prisão de homens que por uma cultura machista entendem que podem fazer tudo que desejam com uma mulher, não atendendo as suas negativas, esquecendo que a vontade delas deve ser sempre respeitada.
Não é porque ela se encontra numa festa que está disponível, o direito de participar desses eventos é igual para ambos os sexos e o respeito deve ser primordial em qualquer lugar. Sem consentimento, sem permissão não se passa mão em partes intimas femininas, não se rouba beijos e carícias, tem que respeitar a vontade e o corpo feminino, que não é um objeto de prazer.
Essa cultura machista vai sendo destruída e fatalmente se extinguirá (é o que esperamos) não acontecendo mais os abusos tão comuns contra as mulheres, o assédio em elevadores, nas ruas, nos bares, em locais mais ermos. Assim como o homem tem liberdade de transitar sem ser importunado por mãos avançando em suas partes intimas as mulheres também o tem e, esse respeito é devido por educação (que muitos não possuem) e pela lei que deve ser cumprida.
Ainda temos muitos caminhos pedregosos para vencer, pois, no recôndito dos lares ainda persiste muita violência, homens que se entendem proprietários de suas esposas e companheiras e as estupram, as agridem com carícias violentas que marcam o corpo com manchas indeléveis, com palavras agressivas, com chantagens, que as desqualificam, que as controlam ou proíbem, que as ameaçam com objetos ou armas, que as mutilam, que as matam são muitos e, ainda são notícias diárias nas delegacias de polícia e hoje nas delegacias especializadas para atendimento a essas mulheres, que se munem de coragem e os denunciam enquanto podem, pois, infelizmente, algumas ainda acreditam que o amor, a paciência e o diálogo vencerão essa violência muitas vezes cotidiana e acabam perdendo a vida, por uma explosão de ciúme ou de qualquer outra desculpa, deixando muitas vezes filhos pequenos que não terão mais o abraço e aconchego materno.
Denunciar é a melhor maneira de se defender, porque uma pequena ofensa pode abrir caminho para a violência crescer, não aceite piadas agressivas, chantagens, mentiras, provocações, culpas, ofensas, humilhações públicas ou privadas, intimidações e ameaças, mesmo com a aparente impressão de brincadeira, todas essas atitudes constituem as diversas formas de violência contra a mulher...
Reaja, defenda-se, denuncie, pois, só assim poderemos ver esse tipo de crime definhar, diminuir, acredite na Justiça, ela está fazendo valer o direito da mulher de dizer NÃO!