Tempos atrás era comum vermos artistas fumando em suas atuações, parecia sedutor e essa imagem acabava levando muitos jovens a fazerem uso do cigarro, acreditando que o tragar e expelir a fumaça dava um ar diferente ao ser humano, um toque especial que podia agradar e cativar.
O mesmo acontecia com a bebida, era normal vermos as pessoas segurando um copo de bebida e sorvendo vagarosamente o líquido alcoólico com um leve sorriso de prazer.
Em tempos atuais onde não só o cigarro e a bebida estão presentes, pois, outras drogas mais pesadas existem e causam danos na maioria das vezes irreversíveis à saúde, os médicos e os meios de comunicação alertam frequentemente sobre os males que resultam desses vícios e eles foram se tornando inaceitáveis em público e até mesmo nos lares.
Vemos pais fumando próximo de seus filhos pequenos, mães amamentando com o cigarro na mão, expelindo a fumaça enquanto o pequeno sorve o leite que o alimenta juntamente com a fumaça que intoxica.
Nas ruas vemos o resultado do uso sem limites da bebida adquirida por valores ínfimos, muitas pessoas dormem sob o efeito do álcool nas calçadas, sem nenhum pudor, inconscientes do mal que causam a si próprios e à sua família, que muitas vezes busca por esse filho, esse esposo ou pai, sem imaginar onde possa encontrar.
Reunidos em pequenos grupos ao redor de fogueiras nesses tempos friorentos do meio do ano, enrolados em cobertores fornecidos por entidades sociais comungam da mesma garrafa onde todos sorvem um gole para aquecer e dessa maneira consomem várias garrafas de pinga barata, mas altamente maléfica.
O vício se instala de maneira simples, pelo prazer de experimentar ou para demonstrar sua liberdade, sua independência, normalmente se inicia pelo cigarro e vemos muitos jovens que mal saíram das fraldas, com a pele ainda rosada e sadia fumando como se tivessem pleno domínio da vida.
A bebida parece nos tornar mais livres e felizes, dá a sensação de que esquecemos ou superamos os problemas e as dificuldades quando sorvemos um pouco de qualquer bebida alcoólica e, sem perceber seguimos facilmente para a segunda, terceira e muitas outras doses, pois, assim a mente envolta em álcool e fumaça faz desvanecer as preocupações e o sorriso se faz mais presente, a alegria toma conta de todo o ser.
Entretanto, quando passa o efeito da bebida, muitos são acometidos de dores de cabeça horríveis, acompanhadas de mal estar físico e, lógico de todos os problemas, muitos voltam a beber para esquecer e assim o vício se instala.
A vida acompanhada pela fumaça do cigarro e de outras drogas e do inebriante sabor da bebida sempre deixa sequelas no corpo e na alma, que perde o amor próprio, o respeito, além da saúde.
Os tratamentos na maioria das vezes são ineficazes, não alcançam o objetivo principal e o que vemos é o retorno seja pelas companhias, pela falta de força de vontade ou por não suportar e não saber enfrentar as dificuldades com naturalidade, com confiança, fé e perseverança como muitos fazem diariamente.
Perdemos dessa forma parentes e amigos que se afastam e acabam sendo excluídos do convívio social. Triste malefício de um sedutor que só destrói e mata...