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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Uma nova vida para quem vence o coronavírus

04 setembro 2020 - 05h00
O tempo que estamos vivendo é de grande expectativa na esperança de termos a melhor vacina contra o coronavírus. 
Ainda precisamos tomar todos os cuidados nas ruas, nas praças, nas lojas, nas igrejas e em todos os locais públicos seja da Câmara que da Administração Municipal. 
O coronavírus pôs um limite ao nosso desejo de sermos autossuficientes em todos os nossos empreendimentos. 
No entanto não é assim. Precisamos hoje de uma vacina autorizada e eficaz para apagar todo traço de ansiedade, de estresse, de medo, de distanciamento e isolamento.
O coronavírus ameaçou e continua a ameaçar e matar muita gente. Mas sem a menor hesitação devemos afirmar também, que de grande felicidade é a vitória dos que vencem a Covid-19.
Quem fica intubado, sedado e imobilizado na UTI ao longo de dois ou três dias, voltando a esticar de novo o corpo e abrindo os olhos bem suavemente podemos dizer que está iniciando uma nova vida. 
Com toda a razão, médicos e enfermeiros festejam a saída do paciente da UTI e do hospital, para voltar para casa, reencontrar a família e continuar com todos os cuidados para retomar aos poucos o ritmo normal de vida.
O encontro com os familiares exige maneiras diferentes de conviver, sem abraços e beijos. 
Além disso é necessário aprender a respirar o ar puro nos lugares onde há muito verde, nos parques, nos bosques e nos sítios. Se deparar com a beleza das plantas, dos rios e das flores. Contemplar o amanhecer e parar diante do pôr do sol.
O grande escritor francês Montaigne exorta a se servir da contemplação do pôr do sol para melhor a respiração, o próprio ânimo e a mente.
Que pena o homem ter caído na frenesi da correria. Ai de nós se deixarmos de nos extasiar diante das belezas criadas. Amar a natureza e amar o Deus da criação.
A natureza pede a todas as criaturas viver uma vida nova, sonhando com elas um mundo que tenha condições de oferecer a todos uma vida saudável e digna.
Para as novas gerações as pandemias do passado são apenas uma recordação e não oferecem uma lição de vida. Essa nova que estamos enfrentando, nos leve a tomar atitudes de vida, de comportamento e de relacionamento, que não fiquem atreladas ao progresso prepotente e arrasador de sentimentos e afetos, mas que vivamos livre de entulhos, sejam materiais ou humanos.
É bom procurar lugares, igrejas onde a pessoa pode se alimentar de humanidade e religiosidade. Lugares que deixam os pulmões mais limpos e os corações mais lindos. 
Precisamos voltar a ser mais família, estar mais presentes no lar, no diálogo e na comunicação e ter uma vida afora bem mais restrita e controlada.
Não deve faltar o cuidado com o impacto crucial das escolhas que fazemos em relação às pessoas que farão parte do círculo íntimo da nossa vida.