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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

Convivendo com a violência

24 abril 2018 - 00h59
No balanço geral que podemos fazer da semana que findou notamos que a violência vem imperando no cotidiano das pessoas.
Pequenos furtos ou grandes assaltos, todos deixam a intranquilidade se fazer presente na vida de todos.
Andamos pelas ruas sempre tensos e observando qualquer movimento suspeito, alguns se descontraem olhando seus celulares ou neles mantendo conversas que os colocam em riscos frequentes, pois, alguém está ali observando sua desatenção ao movimento, só esperando o momento propício para levar numa só corrida o celular e a bolsa do distraído, que nem terá tempo de ver a cor da roupa de quem o surrupiou.
Estão tão destemidos esses ladrões que atacam transportadoras e até grandes depósitos, cientes da existência de câmeras, sem, contudo, se preocuparem se estão sendo observados ou não. 
Alguns fazem uso de gorros e coletes a prova de balas, mas também carregam consigo armas de grosso calibre que os fazem sentirem-se poderosos e atemorizadores.
Não pensam duas vezes quando se sentem ameaçados, atirar e matar são atitudes comuns e que não deixam em suas consciências nenhum peso ou remorso.
Difícil sempre é para as famílias das pessoas de bem que são atingidas e perdem suas vidas defendendo o indefensável. São esposas e filhos que não terão sequer o consolo da aplicação da justiça, único pleito que fazem quando do sepultamento de seus entes queridos, pois, não há garantia de que serão reconhecidos e julgados, acabando no fundo de uma cela, um castigo leve, mas merecido, para esses seres desumanos e insensíveis.
Para aumentar esse amargo índice ainda somamos aqueles jovens que se perdem fazendo uso de drogas e que para manter esse triste vício acabam se endividando, mesmo ciente de que o não pagamento implicará na morte, eles não conseguem se controlar e continuam adquirindo e aumentando a dívida e, infelizmente acabam fazendo parte da estatística de violência que só aumenta dia após dia.
Estamos habitando um planeta violento, pois, a violência não atinge só nosso país, aqui o que impera é a marginalidade, mas percebemos que outros países sofrem também com a violência da guerra entre irmãos que ceifa sem misericórdia a vida de crianças, de jovens, motivados pela política ou pela religião. 
A violência está se fazendo frequente também no trânsito, onde as pessoas para se sentirem modernas e incluídas se alcoolizam sem moderação e saem dirigindo seus veículos como se fossem máquinas de guerra, não respeitando leis ou pessoas, dessa forma acabam matando ou causando lesões perenes para aqueles que atravessam descuidados o seu caminho.
A vida parece não ter nenhum valor ou significado e estamos nos tornando insensíveis, pois, convivendo diariamente com essa violência acabamos acreditando que isso tudo é normal e só percebemos quão grave é a situação quando um fato assim atinge diretamente nossa família ou algum conhecido próximo.