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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

Difícil aprendizado

03 dezembro 2018 - 22h59
Sempre ouvi de minha mãe que devia aprender a ter paciência e tolerância e, sempre entendi procurei entender as palavras dela e buscar seguir, acreditando que paciência e tolerância com as outras pessoas, afinal, o ser humano é normalmente mais agressivo quando vê atitudes que ofendem ou magoam e nem sempre param para pensar e acabam tomando medidas desnecessárias ou que extrapolam. 
Entretanto, como sempre o tempo é a melhor escola, ele nos dá sempre o ensino mais eficiente, aquele que na maioria das vezes jamais esquecemos...
Um pequeno acidente pode nos tornar completamente dependente de outras pessoas e é aí que o entendimento do que seja ter paciência e tolerância se apresenta da maneira mais clara, mais evidente e, nos faz entender que a paciência é para conosco, afinal, é nesses momentos que dependendo de familiares e amigos, necessitamos entender que nem sempre as pessoas podem estar disponíveis para nos atender quando queremos e então temos que exercitar a paciência e analisar com calma toda a situação e ver que talvez, se fossemos nós a ajudar, poderíamos também não poder atender de imediato.
É nesse tempo que a necessidade e a carência se faz presente, que o entendimento daquilo que ouvimos quase por toda uma vida vai se tronar mais claro e vamos ver com outros olhos as atitudes das pessoas e não julgar tão precipitadamente as situações que nos cercam.
Vai também se aperfeiçoar a tolerância, pois, muitas vezes temos hábitos arraigados e entendemos que tudo deve ser feito como queremos e como sempre fazemos, mas novamente percebemos que temos que aprender a aceitar o que nos é oferecido e, agradecer porque cada um de nós tem um método diferente para fazer certas coisas e aos poucos até podem se assemelhar aquilo pretendemos que nos façam, com aquela perfeição que acreditamos ter.
Aos poucos percebemos que essa tolerância e paciência nos mostra outras possibilidades, outros caminhos de fazer e entender certas coisas, que durante muito tempo acreditávamos que fazíamos com perfeição, o olhar mais calmo e tolerante acaba dando margem ao aprendizado de novos métodos que estavam ali o tempo todo, mas que nunca nos demos ao trabalho de buscar como alternativa, talvez porque nos consideramos melhor em certas atividades.
A paciência e a tolerância exercida de maneira introspectiva, quando não é para com terceiros e sim para conosco, abre um universo novo de possibilidades e nos faz sair ganhando, porque aprendemos, sem tanto esforço, mas com realismo a olhar com mais calma e ponderação muitas atitudes que por muitos anos seguimos como autômatos, como se estivéssemos numa linha de montagem, fazendo igual sempre e não analisando ou dando oportunidade de que outras formas mais eficientes poderiam estar facilitando nossas vidas há muito tempo.
Exercer a tolerância e a paciência para com os outros é um dever de civilidade, pois, dessa maneira nos tornamos mais calmos e não nos deixamos levar em muitas situações pela ira desnecessária, respondendo de forma agressiva e tomando medidas das quais podemos nos arrepender.