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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

O que está acontecendo?

05 setembro 2017 - 06h00
Quando o Brasil comemora 11 anos do avanço no entendimento da violência contra a mulher com a criação da Lei Maria da Penha, o que vemos são casos pululando diariamente nos noticiários das agressões que estão acontecendo contra as mulheres nos veículos de transporte coletivo.
 
Sim! Nós mulheres entendemos que ejacular em nosso rosto, nosso pescoço ou em qualquer parte de nosso corpo é uma violência!
 
O que se faz entre quatro paredes, com consentimento e amor entre duas pessoas que se entendem, se querem bem, que se respeitam não pode e não deve ser censurado, entretanto, quando uma mulher sofre uma ejaculação em local público causada por um desconhecido que não se respeita e não sabe respeitar uma mulher, isto é sim uma agressão, uma grave ofensa à dignidade e a moral dessa mulher, que se sente ultrajada e violentada em sua honra!
 
Já é difícil para todas as mulheres que são obrigadas a utilizar o transporte público, ter que se preocupar com os homens que se aproveitam para aliviar seu estresse sexual esfregando-se nas mulheres, não importando a idade das mesmas. E, são elas que ficam sem graça, com temor de se defender, pois, muitos ainda pensantes de uma cultura arcaica, entenderão que ela é que é responsável por estar sendo assediada em público, seja pela sua roupa ou pelo seu corpo.
 
É péssimo, apesar de muitos homens acreditarem que fazem sucesso, quando passamos na rua e ouvimos assovios, gracinhas e palavras de baixo calão, nos fazem propostas e achando que agradam... É uma situação degradante, humilhante para a maioria das mulheres.
 
Parece que em nossa cultura os homens devem estar sempre se exibindo sexualmente, como animais no cio, em qualquer ambiente, sem se preocupar em serem ou não aceitos nessas atitudes agressivas e ofensivas às mulheres de maneira geral.
 
Quando repelidos em público e de maneira ostensiva, são agressivos e buscam denegrir a mulher, alegando que ela que estava se encostando e outras palavras ruins de serem repetidas sem causar repulsa à maioria.
As vestimentas femininas, a maquiagem, seu corpo não podem nunca ser considerados chamariz para as atitudes masculinas indevidas. O respeito deve existir sempre! Nem mesmo os primeiros habitantes deste país que andava nu deixavam de respeitar as mulheres de suas tribos e até mesmo nos tempos atuais, vemos esse respeito aqui e no exterior.
 
São os chamados homens cultos, habitante dos grandes centros que se deixam dominar por instintos animalescos, que sentem essa necessidade de se mostrar publicamente em situação de superioridade sexual, de um domínio que há muito não existe.
 
Logicamente que não estamos incluindo todos os homens, a grande maioria é respeitadora e ciente de seus limites, mas os que não o são se superam em atitudes medíocres e de menosprezo.
O homem abusador tem que entender de uma vez por todas, o transporte é público, o corpo da mulher NÃO!