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Jornal Diário de Suzano - 03/05/2024
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Coluna

Cuidemos da Vida

25 fevereiro 2023 - 05h00

Estava lá pensando na vida que a gente leva. E às vezes nem nos damos conta de todos os aspectos. De repente, surgem cenas complicadas a nossa frente. Sabemos que no nosso Verão as chuvas por vezes nos vem bem fortes. Já vimos cenas assim antes. Agora o impacto foi estrondoso. Complicado, mesmo sabendo da seca gaúcha.
Lembra de como ficou a coisa em nosso País, depois da chuva atacar o estado do Rio, na linda Petrópolis, na Bahia, em Minas, e outros, com desmontes tão graves, e agora atinge a nós, Paulistas, coisa que não fazia há anos. Temos de agir com solidariedade, sabemos bem que a Administração Pública custa a atender a todas as demandas reais da população. 
Temos realmente muito a aprender. O que sabemos de Ecologia, Sustentabilidade?
E a questão financeira, falta de recursos para atender as necessidades urgentes de sobrevivência, saúde? Essa já se exibe em desfalque, despreparada, como de costume. 
E também sabemos que mesmo que uns responsáveis recebam recursos para custear gastos complicados, por vezes levam anos para iniciarem as aplicações que impediriam aquelas tragédias. Falhas na Gestão Pública, que perduram. São milhões de pessoas largadas pelo Brasil.
O Jornalismo, a TV em destaque, tratou do terrível. Sabemos que locais afetados agora atendem também, além de habitantes de palafitas, casas de muito ricos e turistas. Há umas décadas essa região do Litoral Norte ficou isolada. Levou anos para superar.
Estou atento a uns tantos aspectos. 
A população afetada diretamente, claro, precisa urgente de coisas concretas, comida, abrigo, roupas, fraldas, algum conforto, atenção.
Mas não vi ninguém falar que essa gente precisa de atenção psicológica. Afetados de forma tão traumática isso é imprescindível. Como Educador vivenciei muitos dos efeitos de traumas nas gentes. 
Mas sempre muito difícil de serem reconhecidas e cuidadas. Sei bem que tendenciosamente isso continuará sendo secundarizado. Por isso também destaco.
Imagine agora, quem perdeu alguém da família, seus pertences, seus projetos de vida, alguns tendo testemunhado o choque desse drama. Sabemos que uns tantos são trabalhadores, que vivem do que fazem, outros mais são desempregados, sem fonte de renda. E sabemos que muitos dependem de ajuda pública, social, para sobreviverem, quadro tão engrandecido nesta nossa terra, bem aumentado com a Pandemia. Como enfrentar isso na vida regular? Muitos já sofrem de tais problemas, tão graves, lembro: são dependentes da ação social. Alguém pensou nesse trauma?
Um acompanhamento dessa gente, de forma psicológica, é demorado, mas imprescindível. 
Quem trabalha na área, ou já atuou no setor social, sabe do que estou falando. E em situações como estas que vivenciamos agora em São Paulo, nós, a população, e principalmente as autoridades, temos todos de estarmos atentos. 
Os traumas psicológicos não se reduzem no dia seguinte. Cuidemos disso também.