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Jornal Diário de Suzano - 27/04/2024
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Coluna

E a Vida Continua...

09 março 2024 - 05h00

Desistir jamais! Um amigo gritou assim para mim numa determinada ocasião. E lhe disse que essa de “desistência” não era do meu time, sempre busquei seguir em frente, sempre. Sei bem que a gente pode mudar de posições no correr da vida, mas largar tudo é coisa pra gente sofrida demais. Sempre busquei animar meus parceiros. Largar tudo é coisa demasiado desgastante. Se estamos num caminho e a coisa se tornou sofrida, temos de refletir sobre o que vivemos, sim, claro.
Temos de caminhar. Seguir nosso caminho. Adaptemo-nos, quando necessário. Por isso temos de sempre buscar saber onde queremos chegar. Salvo hecatombes, só uma perda não pode nos arrasar. Não existe um caminho sempre fácil, saiba mais sobre o que escolheu. E avance.
Lembrei de um poema do poeta espanhol Antonio Machado (1875-1939), “Caminante no Hay Camino, se Ace Camino al Andar”. Trago aqui uns de seus versos traduzidos da última estrofe do poema:
“Quando o pintassilgo não pode cantar./ Quando o poeta é um peregrino./ Quando de nada nos serve rezar./ “Caminhante não há caminho,/ se faz caminho ao andar…”//
?“Golpe a golpe, verso a verso”
Esse poema em especial há muito me envolve. Ele me traz os tempos difíceis da Guerra Civil Espanhola. A Europa não merecia uma nova guerra, como temos agora. E depois daquela veio coisa ainda pior. Será que teremos de repetir? Tente conhecer esse poema. por completo e o seu Poeta. Em meu tempo de Europa vivenciei a Guerra Colonial de Portugal na África. Muito difícil, só terminou em 1974.
Pois é, se estamos falando de caminhos, escolhidos, ou mesmo se não, destaques me vieram, como versos também da Arte de Newton Mendonça sobre música de Antonio Carlos Jobim. Vejam estes “Caminhos Cruzados”:
“Quando um coração que está cansado de sofrer/ Encontra um coração também cansado de sofrer/ É tempo de se pensar/ Que o amor pode de repente chegar//
Quando existe alguém que tem saudade de alguém/ E esse outro alguém não entender/ Deixe esse novo amor chegar/ Mesmo que depois seja imprescindível chorar//
Que tolo fui eu que em vão tentei raciocinar/ Nas coisas do amor que ninguém pode explicar/ Vem, nós dois vamos tentar/ Só um novo amor pode a saudade apagar//
Quando um coração que está cansado de sofrer/ Encontra um coração também cansado de sofrer/ É tempo de se pensar/ Que o amor pode de repente chegar//
Quando existe alguém que tem saudade de alguém/ E esse outro alguém não entender/ Deixe esse novo amor chegar/ Mesmo que depois seja imprescindível chorar//
Que tolo fui eu que em vão tentei raciocinar/ Nas coisas do amor que ninguém pode explicar/ Vem, nós dois vamos tentar/ Só um novo amor pode a saudade apagar//
As novas gerações não sabem da importância da Bossa Nova no Brasil e, logo em seguida, no Mundo. Para alguns foi apenas uma junção entre Samba e Jazz. As relações culturais nunca são simples. Elas afetam as pessoas de modo alargado, além de só as emoções. Entram nos modos de viver, afetam comportamentos.
E o caminho da sua cultura?