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Jornal Diário de Suzano - 28/04/2024
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Coluna

Equinócios e Solstícios

01 abril 2023 - 05h00

Não! Não vou falar de equinócio e nem de solstício. Ainda assim achava bom você, meu caro leitor, dar uma lida sobre isso, estamos amarrados nos tempos e nem ligamos para as tradições que se fizeram e que vão mudando ao longo dos anos e séculos. Seguimos em algum respeito à morte de Cristo. Nem sabemos o que tanto nos afeta. Será o foco de comprar o ovo de Páscoa?
Em dezembro passamos o nascimento de Cristo. E nem sabemos bem porque foi em dezembro. Alguns lembram dos presentes de Natal. Só isso?
As mensagens de tanto que nos passa vamos desconsiderando.
Claro que vejo o radicalismo que foi se instalando, com mais força, nas eleições do ano passado, mas que já vinha de antes. O que isso tudo contribui para o Bem de nosso País? para o Bem de nossa Gente?
Os casos de violência nas escolas se espalham como coisa comum. Já ouvi gente propondo mais armas nas escolas para nossa proteção dos que querem massacrar. Assim, talvez transformássemos uns assassinatos em guerras, com batalhas mais longas. Americanos conseguiram?
Nem se fala de investimento em Educação, fala-se de gastos. Já falam em “privatizar” as escolas públicas. Os Professores de São Paulo ainda com um dos piores salários do Brasil inteiro. Governantes esquecidos da necessidade da permanente formação dos Professores, da falta de equipamentos, de pessoal auxiliar e de condições mais adequadas, vão produzir mais situações caóticas.
Psicólogos nas escolas são importantes, mas isso exige uma preparação que é bem demorada, com treinamento de equipe, diálogo imenso com as famílias dos alunos e dos funcionários e também com a comunidade.
Todo esse empenho exige muito tempo e disposição de gente interessada. Estou falando de uns anos de trabalho contínuo.
Mas, mudando só a escola muda o resto todo? Com certeza, não!
Quem está disposto a buscar pacificar o nosso País?
Precisaríamos lembrar e pensar em algumas simbologias bem antigas, talvez. E me vem à cabeça alguns ditames da Revolução Francesa, como “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, coisa lá de mais de duzentos anos.
Mas é claro que sei que é bem difícil ter “Liberdade”, sem termos nem dinheiro para escolhermos a nossa comida. Que liberdade temos para escolher nossa própria formação? Se nem mesmo tantos de nós podemos escolher onde morar?
E de qual “Igualdade” estamos falando”? Se um terço de nossa população está na miséria, falar de gente igual é rejeitar, ou não, a realidade? Os que possuem mais “tem” privilégios? Então isso fica complicado.
E a tal de “Fraternidade”? Como ela pode se instalar sem Educação objetiva? Sem atentar para a formação dos pais e das crianças e dos jovens? Uns querem paz se o outro se calar. Quem está disposto, nos tempos que vivemos, a se dar as mãos e parar de brigar?
Então, para a Paz entre nós, teríamos de modelar um projeto a se estender a nossa frente. É demorado? Claro, mas sem iniciar demora mais. Quem só vê o outro como inimigo não quer conversar, não quer negociar, não se propõe à Paz.
Então, quem quer mesmo a Paz nesta nossa Terra?