sábado 27 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 27/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Coluna

Este Tal de Cronicar...

24 fevereiro 2024 - 05h00

Estava olhando pela janela da minha casa e vendo a chuva chegar e molhar mais o meu tanto. Vejo muita gente reclamando das chuvas. É coisa de Verão, sempre chove. Mesmo sabendo que nos últimos tempos temos tido homéricas experiências no acompanhamento do imenso calorão. Nosso descuido com o mundo tem levado a destruição de protetores ambientais. O tempo poderá afetar fortemente as futuras gerações, nossos filhos e netos e alguns de nós, ainda mais constrangedoramente. Em cinquenta anos na minha Suzano nunca havia passado por abuso de poder do clima com o calor que sofremos dias atrás. Enfim...
Porém, não era só sobre isso que me propus a falar aqui. Pensei em atender um pedido recebido em mensagem nas redes sociais. Mais um leitor amigo me perguntou sobre meu jeito de escrever cônicas. Ele me disse que gostava desta minha maneira, até incluindo poesia. Sei que uns poucos acrescentam versos nas suas narrativas. Sou Poeta e tenho meu jeito de olhar o mundo, como já li em outros. 
Esse mesmo leitor me disse que sentia que os cronistas escreviam cada um a seu jeito, mesmo aqui no nosso Jornal DIÁRIO DE SUZANO, mas queria saber se havia regras sobre isso a serem obedecidas. Não! Há, de fato, um certo padrão, como se redigíssemos a nossa fala numa conversa com os leitores. Então, o tema é da escolha de cada um em cada vez. É assim também o modo de escrever, com certeza, ninguém vai determinar, reduzindo a liberdade de expressão do cronista.
E os leitores igualmente são diversos. Assim, não há como conquistá-los se repetindo uns aos outros. O espaço que podemos ocupar varia de uma a outra publicação, em cerca de dois mil a três mil sinais digitais. O que é uma bela abertura, vamos reconhecer. Voltados para o que nos circula no presente.
A paisagem em nosso planalto é sempre especial. Como não falar? Mesmo neste recanto urbano, que foi crescendo tanto a nossa volta, com esse mundaréu de gente circulando. Com a estrondosa evolução do varejo, efetivando “o maior comércio de rua” de toda a Região, como a industrial, com imensos exportadores. E ainda mantemos nossa agricultura eficiente, ainda com toda a pressão que impuseram ao clima. Sei bem do alastramento da dengue a nos ameaçar, até por isso, temos de nos voltarmos ao espaço da Educação. É onde podemos iniciar o ataque aos vândalos, aos que nem se amam. Precisamos, sim, produzir mão-de-obra bem preparada, que já está nos faltando. Mas não apenas isso. Precisamos ensin ar a proteger o que é nosso, se souberem amar o Bem, aprenderem a querer ser melhor.
Posso ver as nuvens escuras se aproximando, novamente, da minha janela. Isso não vai me apavorar. A gente também vai aprendendo a se proteger se gostamos de nós mesmos e dos demais. Lembrei de uma vez, quando pequeno, fui com minhas irmãs para o quintal de casa para tomarmos chuva. Foi bem gostoso. Minha mãe logo descobriu e nos chamou. Voltamos alegres. Ela explicou dos perigos. Uma irmã lhe disse: “tem coisa ruim que parece boa”. Levamos um tempo para saber mais.