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Jornal Diário de Suzano - 28/04/2024
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Coluna

Leituras e Livros

22 outubro 2022 - 05h00

Estava pensando como esta pandemia que nos tomou levou tanto de nós todos. Claro que sei que alguns ficaram mais ricos. Mas muitos ficaram ainda mais pobres. E a pandemia tirou nosso sossego, mesmo que nunca tenhamos sido calminhos. E sabemos hoje que muitos dos enfermados com o mal ainda tenham de padecer por sequelas que permanecem neles. E mesmo os de nós que não padeceram daquele mal tiveram outros que também não parecem querer se afastar. Isso, sem falar de outros tantos males novos que surgiram para nos incomodar.
Li não faz muito uma expressão que me pareceu boa para repetir aqui aos meus leitores: “entelar”. Se antes da pandemia já ficávamos “entelados”, grudados nos celulares e computadores, depois pioramos demais. Vejo agora que isso também tem reduzido a apreciação da vida de muitos.
Sei de muita gente que deixou de fazer exercícios físicos, nem mesmo uma caminhada sem maior rigor. Eu sei o quanto isso nos reduz, não só em massa corpórea. E dores nos surgem, nem sabemos de onde e se instalam pelo nosso amado corpo. Em vez de elevador, suba as escadas.
Fiquei contente de saber que uma amiga estava escrevendo. Ela me mostrou uns textos. Relatava fatos e coisas acontecidas com ela. Disse-lhe que estava fazendo crônicas, em relatos pequenos. Mas com isso ela estava refletindo sobre o que fazia, já é um acréscimo na nossa vida. Claro que a gente, podendo, ficcionaliza o nosso tanto a exposição de nossa própria vida. Mas isso não é um problema. Não tem porquê ficar preocupado com a própria intervenção ampliando a história contada. Isso permite uma apreensão lúdica do relato. Se você coloca emoção no que escreve, também possibilita que o leitor igualmente se veja sensibilizado por suas próprias emoções. Vai em frente!
Não vamos esquecer que é praticando leituras que penetramos no real prazer de ler. Intercâmbio entre leitor e escritor.
Este ano pude ajudar um amigo a montar sua biblioteca. Ele já contava com quase duas centenas de exemplares. Para alguns pode parecer pouco, mas já é um belo número de livros que agregamos a nós. Ele começou com alguns romances que lhe encantavam. Aí passou para novelas e contos. E foi gostando mais. Disse que de uma conversa comigo foi ler poesia. Agradeci, claro. E não é que ele avançou e se interessou também por ficção-científica, de que tinha certo preconceito.
Agora montar todo esse material não lhe parecia muito fácil. Ele tinha juntado os livros nas prateleiras de sua estante pelo tipo de capa, encadernados, coloridos. Como o número de livros estava aumentando bem, foi se dando conta que ficava mais complicado para achá-los. Sugeri juntar pelo tipo de texto, ficção, contos, romances, poesias, estudos, pelos seus autores. Tempos depois ele concordou comigo. Não colocou etiquetas nos livros, mas nas prateleiras. E, em vez de fazer fichas para cada um preferiu listá-los num caderno, pelo título, autor, literatura/estudo.
Retomei faz pouco a atualização da minha discoteca, meus CDs. Fazia tempo que não mexia. Sempre temos o que fazer. Omissos jamais.