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Jornal Diário de Suzano - 28/04/2024
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Coluna

Olhando pela Janela

20 agosto 2022 - 05h00

Isso mesmo, olhando pela janela, podia ver o tempo despencando. As nuvens escuras ocupando mais espaços sobre tudo. Uma garoazinha ia humidificando as ruas. O tempo ainda vai cair mais, está previsto. Temperaturas lá em baixo. Mês que vem teremos a Primavera. Será mesmo? Já vi uns ipês florindo. Que o mundo se exiba.
Pensava nisso quando sentei para escrever. Nem sempre tenho um projeto do que vai ficar no papel. É assim que a crônica sai de mim.
Quase sempre coloco um CD no computador, enquanto escrevo. Gosto de ouvir umas canções. Algumas vezes uns Clássicos, mas também Bossa Nova, Jazz. Preferência instrumental. 
Tenho uns materiais com mais de 50 anos, também em Long-Play, mas troquei muitos LPs por CDs. Mexendo agora achei um Belchior antigo. Deixa lá. As letras nos distraem mais. Um Count Basie me apareceu: “The Definitive”. Não dava agora essa, muito ritmo. O flautista Herbie Mann, me veio: “The Man”. Que venha o Jazz fazendo o fundo.
Por falar nisso, faz uns dias reencontrei um livro de Scott Fitzgerald (autor americano maravilhoso), que não leio faz uns muitos anos: “Suave é a Noite”. Ele nos abre um espaço para o Jazz. 
Leia se puder. Minha edição é dos anos de 1970. Tem um filme adaptado desse livro, coisa dos anos de 1960. Há vários filmes sobre os romances de Fitzgerald. Assista.
Esta semana iniciei uma limpada na minha biblioteca. Ainda não consegui acabar. Vai mais tempo. Você conseguiu juntar seus livros num lugar da casa? Sei que é complicado, mas fui professor (será que a gente encerra isso, deixamos de manter nossos hábitos?) e pesquisador, fui guardando material pela vida. E a gente sempre fica com vontade de avançar num tema de estudo. 
Nessa mexida, achei um livro do Rubem Braga, “200 Crônicas Escolhidas”. Textos breves, sobrevoando temas de olhares dos espaços, dos cantos. Muita coisa mudou, as crônicas hoje, quase sempre, trazem temas das preocupações que enfrentamos. 
E o nosso País hoje anda correndo sobre coisas muito contraditórias.
Conversando com um amigo sobre essas coisas que juntamos no tempo, decidimos separa o nosso tanto e doar. Tem tanta gente precisando. Doei uns bons pares de sapatos que não uso faz tempo. Agora uso preferencialmente calçados em condições ortopédicas. E você? Pode doar umas roupas? Também, já doei.
Por falar nisso, conversando com o amigo-irmão Poeta Roberto Cavenatti que mantém um espaço excelente no Jardim Imperador, em Suzano, e está fundamentando a ideia de criarmos uma Academia de Letras e Artes de Suzano. Doei-lhe uma coleção de CDs de vários tipos de músicas brasileiras. Mogi das Cruzes já criou sua Academia. 
Por lá não foi fácil, sei bem. Anos atrás, meu pensamento era criarmos uma Academia do Alto Tietê. Temos Artistas de várias áreas com material de qualidade que merece ser reconhecido pela nossa sociedade. Também sei que tem gente contra, mas estou apoiando o corajoso Cavenatti.
Avante sempre.