Cerca de 50 mil pessoas participaram ontem de manhã da Entrada dos Palmitos. O cortejo, que é considerado o ponto alto da Festa do Divino Espírito Santo, relembra a chegada dos moradores da região da Serra do Itapeti para participar da festa, em agradecimento à colheita e à fartura. A celebração se estendeu das 8h30 às 11h30 e terminou, como em todos os anos, em frente a Catedral de Santana, com as bênçãos concedidas aos participantes. “A cana ano que passa, percebemos que a Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes cresce. E a Entrada dos Palmitos é sempre um momento muito especial da festa, porque ela mistura o religioso e o folclórico e, com isso, atrai milhares de pessoas ao Centro. Hoje, mais uma vez, pudemos comprovar isso”, destacou o prefeito, Marco Bertaiolli (DEM). Duas mil pessoas, entre festeiros e ex-festeiros, capitães de mastro, rezadeiras, devotos, grupos da terceira idade, autoridades locais, grupos de congada, moçambique, marujada, cavaleiros, mais alunos de seis unidades municipais de ensino, participaram do cortejo. A Corporação Musical Lira São José Operário também se fez presente, fazendo o acompanhamento musical da procissão, que foi inteiramente marcada pelos cantos em louvor ao Espírito Santo. Para garantir a segurança do evento, estavam presentes cerca de 200 profissionais, entre guardas municipais, agentes municipais de trânsito, agentes municipais de fiscalização, policiais miliares, atiradores do Tiro de Guerra, além de profissionais da Cure 192. Origem do evento A Entrada dos Palmitos tem este nome em lembrança à época colonial, quando o palmito era um alimento abundante na Mata Atlântica e levado em grande quantidade pelo povo à área central do município, para a festa de Pentecostes. Na época, os devotos comiam o miolo em sinal de devoção e fé. Além disso, por muitos anos, as folhas das palmeiras faziam parte da decoração das ruas centrais do município durante o cortejo. Domingo de Pentecostes Hoje acontecerá o encerramento da Festa do Divino Espírito Santo 2015. Às 16h30 sai da Praça Coronel Almeida a procissão de Pentecostes, que percorre as ruas José Bonifácio, Dr. Corrêa, Dr. Ricardo Vilela, Dr. Deodato Wertheimer e Dr. Paulo Frontin, passando, no trecho final, sobre os tapetes ornamentais, confeccionados por devotos e organizações sociais. Após o término da procissão, o bispo diocesano, Dom Pedro Luiz Stringhini, celebrará missa na Catedral de Santana. Terminada a celebração, devotos, festeiros, capitães-de-mastro, padres e o bispo seguem até a frente do Império do Divino para a cerimônia de incineração dos pedidos, que foram recolhidos por rezadeiras e depositados espontaneamente nas urnas do Império. Terminada a incineração, é feita a cerimônia de fechamento do Império. A festa de Pentecostes celebra a descida do Espírito Santo sobre a Virgem Maria e os Apóstolos, 50 dias depois da Páscoa.