O aumento no preço dos combustíveis e de taxas de serviços públicos no País traz de volta o medo da inflação. Nos anos 1980 e 1990, a população que saía às compras sabe bem o que é conviver com o aumento persistente e generalizado no valor dos preços. Atualmente, os índices de inflação no Brasil são medidos de diversas maneiras. Duas formas de medir a inflação ao consumidor são o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), aplicado à famílias de baixa renda (aquelas que tenham renda de um a seis salários mínimos) e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aplicado à famílias que recebem um montante de até 40 salários mínimos. Até 1994, a economia brasileira sofreu com inflação alta, entrando num processo de hiperinflação na década de 80. Esse processo só foi interrompido em 1994, com a criação do Plano Real e a mudança da moeda para o real (R$), atual moeda do País. Atualmente, a inflação é controlada pelo Banco Central por meio da política monetária que segue o regime de metas de inflação. Recentemente, investidores e os analistas do mercado financeiro voltaram a elevar a projeção de inflação para este ano, medida pelo IPCA. Após vários anos fora das manchetes, nos últimos meses a inflação voltou com força. No início, os aumentos dos preços dos alimentos e do petróleo foram considerados os principais responsáveis por esta volta. Por serem bens cuja demanda tende a aumentar de forma relativamente lenta, as principais análises apontavam a origem do fenômeno como sendo “choques de oferta” decorrentes de problemas climáticos (alimentos) e geopolíticos (petróleo). Como as pressões inflacionárias tinham como causa choques de oferta, os bancos centrais teriam pouco a fazer para combatê-las, exceto esperar que os problemas climáticos e geopolíticos fossem resolvidos e que a oferta retornasse ao seu nível normal. Em outras palavras, nada de aumento de juros e redução do ritmo de crescimento. É importante que o governo federal consiga implementar métodos e ações para tentar promover o controle da inflação garantindo para o consumidor brasileiro a chance de adquirir produtos nos supermercados com preços acessíveis.